Nesta terça-feira (09/02), é comemorado o Dia Internacional da Internet Segura, uma iniciativa global que busca a promoção de atividades para a conscientização do uso seguro, responsável e ético das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC’s). Apesar da importância da data, os direitos do consumidor não estão sendo respeitados na Internet. De acordo com dados do Procon Goiânia, as reclamações sobre sites de vendas subiram 70% em 2020. No ano passado, o órgão recebeu mais de 2 mil queixas. Nos primeiros meses de 2021, já foram mais de 100 reclamações sobre compras na Internet.
As principais queixas são atraso na entrega, diferença entre o produto anunciado e o recebido, dificuldade para cancelar a compra, e falta de atendimento pós-venda. O presidente do Procon Goiânia, Gustavo Cruvinel, orienta o consumidor a procurar os canais de atendimento do Procon Municipal para a resolução do problema.
“A recomendação é reunir toda a documentação probatória, que são as notas fiscais, os prints da tela que mostram as etapas da compra, os anúncios e a foto do produto. Com todas essas provas, o Procon notifica o estabelecimento em cinco dias para apresentar uma resposta ao consumidor. Caso a exigência não seja cumprida, o site é multado“, explica.
Cruvinel ressalta que um dos principais cuidados para realização de compra online segura é verificar a confiabilidade do site em que o consumidor deseja comprar o produto. “Antes da compra, o consumidor precisa fazer pesquisas prévias para checar a reputação do endereço eletrônico. Faça uma coleta de depoimentos de outros consumidores. O site Reclame Aqui divulga uma lista de sites que não são confiáveis”, diz.
Casos
O consumidor também precisa ficar atento a diversos golpes que acontecem na Internet. Na semana passada, a Polícia Federal abriu inquérito para investigar o maior vazamento de dados da história do Brasil. Mais de 200 milhões de brasileiros tiveram dados expostos ilegalmente na Internet. Houve também um outro vazamento de 140 milhões de CPFs com informações mais detalhadas, como telefone, salário, endereço. Não se sabe por quanto tempo as informações ficaram disponíveis ilegalmente, nem quantas vezes foram compartilhadas e vendidas.
Por isso, o presidente do Procon Goiânia, destaca que o consumidor deve ter cuidado ao disponibilizar dados pessoais em qualquer site. “Evite redes de wi-fi públicas. Os criminosos estão atentos a estes locais e conseguem se hospedar em redes de wi-fi que ficam em shoppings e locais de lazer e coletam senhas e dados bancários. Redobre o cuidado ao clicar em mensagens e links enviados via e-mail e mensagens de textos. É importante sempre analisar se o assunto e a mensagem estão escritos corretamente, ter atenção ao nome do remetente, só abrir anexos ou links de pessoas conhecidas”, alerta.