A Justiça de Goiás manteve, nesta quinta-feira (14/1), a prisão preventiva do agricultor Nei Castelli, de 58 anos, suspeito de encomendar a morte dos advogados Marcus Aprigio Chaves e Frank Alessandro Carvalhaes, em Goiânia. Nei foi preso no dia 17 de novembro do ano passado, em um posto de combustível de Catalão. O fazendeiro teria mandado matar Marcus e Frank devido a uma ação que os profissionais haviam ganhado envolvendo terras na divisa de Goiás com a Bahia.
A decisão de manter Castelli preso foi tomada via remota pelos cinco desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO). Em seu voto, a relatora do caso, a juíza Lília Mônica de Castro Escher, argumentou que os indícios de autoria do crime justificavam a manutenção da prisão do denunciado.
O voto da relatora foi acompanhado pelos desembargadores. O advogado assistente de acusação, Luís Alexandre Rassi, reforçou a necessidade da prisão de Castelli e alegou que sua soltura poderia colocar a vida de outras pessoas em risco.
Relembre o caso
No dia 28 de outubro de 2020, os advogados Marcus Aprigio Chaves e Frank Alessandro Carvalhaes, de 41 e 47 anos, foram mortos a tiros no escritório deles no setor Aeroporto, em Goiânia. Os assassinos, Pedro Henrique Martins Soares, que disparou os tiros, e Jaberson Gomes, teriam sido contratados por Nei Castelli, sob intermédio do empresário Cosme Lompa para praticar o crime.
Conforme apontado pelas investigações da Polícia Civil, a motivação do crime tem origem na disputa judicial por terras no município de São Domingos, divisa com o estado da Bahia, avaliadas em R$ 46 milhões. Os advogados assassinados teriam pegado a causa e vencido, tirando de Castelli o direito à propriedade e passando para outra pessoa.
Quantos aos suspeitos de executar o crime, Pedro Henrique segue preso, enquanto Jaberson morreu, ainda no ano passado, em uma troca de tiros com a polícia.