O estado de Goiás deve receber 3,2 milhões de doses da vacina CoronaVac contra a covid-19. O número corresponde a 7% do total de vacinas anunciadas nacionalmente por meio do acordo firmado entre o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan.
A vacina, produzida pelo laboratório Sinovac, tem previsão de chegar a uma produção nacional de 46 milhões de doses. Conforme o governo do Estado, há cerca de 1,5 a 1,8 milhão de pessoas nos grupos de risco em Goiás e que devem receber a vacina.
“Fizemos a aquisição de 3,8 milhões de kits com seringa e agulha, o que é suficiente para vacinar mais da metade da população goiana”, disse o secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino.
O pedido para uso emergencial das doses foi recebido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na última sexta-feira (8/1). O resultado dos estudos divulgados sobre a CoronaVac aponta uma eficácia de 78% contra a Covid-19. Conforme Alexandrino, isso significa que, de cada 100 pessoas vacinadas, 78 não se infectaram pelo coronavírus.”Outros 22 indivíduos tiveram a doença, mas os casos foram leves e nenhum óbito foi registrado. Esses números são muito positivos”, avalia.
Plano de Operacionalização para a Vacinação
Os preparativos de Goiás para receber as doses estão previstos no Plano de Operacionalização para a Vacinação contra covid-19, que prevê como será a distribuição e armazenamento do imunizante no território goiano, a capacitação dos trabalhadores da saúde, entre outras ações.
Na segunda-feira (11/1), o documento será apresentado para todos os 246 municípios durante reunião da Comissão Intergestores Bipartite. Inicialmente, a expectativa é a de que idosos e profissionais de saúde que atuam na linha de frente de combate à covid-19 sejam priorizados. Entretanto, ainda é necessário aguardar ajustes do Ministério da Saúde sobre a estratificação das faixas etárias, no caso da população idosa.
Num primeiro momento, a totalidade de 7 milhões de goianos não será imunizada, pois a vacinação de crianças e gestantes ainda não está prevista para 2021, visto que é necessário aguardar estudos sobre a aplicação das doses nestas populações.