A Polícia Civil de Goiás prendeu três homens suspeitos de envolvimento em um golpe aplicado numa casa lotérica no interior do estado da Bahia, e que gerou ao estabelecimento um prejuízo de mais de R$ 63 mil.
A prisão foi realizada pelo Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (GREF/DEIC). A equipe de policiais civis já vinha investigando um grupo que atuava em Goiás e, após uma troca de informações com a Polícia Civil da Bahia, conseguiu confirmar a participação de alguns deles no crime que vitimou a casa lotérica baiana.
De acordo com a polícia de Goiás, na ocasião, três deles foram presos em flagrante na quarta-feira (21/10), sendo eles um agenciador de contas bancárias e dois laranjas que emprestaram as contas para recebimentos dos valores produto do crime.
Pelo menos outros 13 suspeitos já foram identificados após a instauração do inquérito policial e novas prisões podem ocorrer a qualquer momento. Os três indivíduos, que tiveram sua prisão em flagrante convertida em prisão preventiva, foram recolhidos na Casa de Prisão Provisória. Já as investigações devem ser encerradas nos próximos dias.
O golpe
Conforme a polícia, o golpe tem feito vítimas no país inteiro e funciona da seguinte forma: um dos criminosos se passa por gerente da lotérica e, em uma mensagem de aplicativo, informa a algum atendente que um técnico de TI da Caixa Econômica entrará em contato para fazer atualizações nos sistemas.
Logo em seguida, o falso técnico entra em contato com o mesmo atendente e diz ter feito atualização remota e, para testar se as atualizações foram feitas, pede para que sejam realizadas diversas transações, como depósitos, transferências e pagamento de boletos, sob a justificativa de ser uma simulação, mas as transações são reais.
Por fim, segundo a polícia, para que não se perceba imediatamente o golpe, o impostor pede que os equipamentos sejam desligados e religados após 15 minutos, que é o tempo suficiente para que os valores depositados e transferidos, geralmente para contas de laranjas, sejam sacados ou pulverizados em outras contas, impedindo a recuperação.