Em Goiás, seis são presos suspeitos de praticar o 'golpe do novo número'
A Polícia Civil de Goiás (PCGO) prendeu, na última semana, seis suspeitos de participarem do golpe conhecido como “golpe do novo número”, em que os criminosos entram em contato com as vítimas e se passam por um membro da família que trocou de número, pedindo dinheiro logo em seguida. Conforme a polícia, esse golpe tem se alastrado pelo país.
A prisão dos suspeitos foi feita pelo Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes, da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (GREF/DEIC), na Operação Conta Espelho II, e deu sequência às investigações de outra operação desencadeada no início deste mês. Conforme a PCGO, os envolvidos foram presos na última quinta-feira (15/10). Durante a operação, também foram apreendidos aparelhos celulares.
Ainda segundo a polícia, esse tipo de golpe está se espalhando pelo Brasil e funciona da seguinte maneira: o estelionatário entra em contato com a vítima e a leva a acreditar que está falando com algum familiar ou conhecido que “trocou de número de telefone”. Após breve troca de mensagens, o criminoso pede dinheiro emprestado, o fazendo reiteradas vezes, até que a vítima perceba que quem está falando é um golpista utilizando o que pode se chamar de “conta espelho”.
“O que se tem percebido é que o mentor deste golpe, visando dificultar sua identificação e a recuperação dos valores, tem se valido de partícipes do crime, os quais aceitam auxiliar na prática criminosa agenciando terceiros e emprestando ou vendendo contas bancárias para o recebimento dos valores produto do crime”, afirmou a Polícia Civil.
Nesta ação, foram presos dois agenciadores e quatro titulares de contas bancárias beneficiárias de depósitos e transferências. Com as prisões efetuadas agora, outros participantes do crime já foram identificados e a PCGO trabalha para localizar e prender os mentores intelectuais dos delitos, os quais, ao que tudo indica, compõe uma organização criminosa especializada na prática deste golpe.
Monitor do PIB da FGV aponta alta de 2,2% em agosto ante julho
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro avançou 2,2% em agosto ante julho, segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Na comparação com agosto de 2019, a economia teve redução de 4,9% em agosto de 2020.
“A economia continuou a apresentar crescimento em agosto (2,2%) mantendo a trajetória de recuperação observada desde maio. No entanto, o ritmo de retomada parece ter desacelerado após o expressivo crescimento de 4,6% da economia em junho. Apesar da melhora da atividade na comparação com os meses imediatamente anteriores, o desempenho com relação ao ano passado continua sendo negativo, com taxas menos negativas do que as observadas em abril e maio, quando o país estava na fase mais intensa das medidas de isolamento social. E é o setor de Serviços, particularmente de outros serviços (restaurantes, hotéis, etc.), fortemente atingido pelo distanciamento social, onde a recuperação é mais lenta. Certamente, a elevada incerteza quanto ao futuro da pandemia inibe uma recuperação mais robusta de todas as atividades”, avaliou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV, em nota oficial.
O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.
Na passagem de julho para agosto, houve crescimento nas três grandes atividades econômicas pelo lado da oferta (agropecuária, indústria e serviços). Também houve melhora em todas as atividades industriais. Dos sete subsetores de serviços, apenas os serviços de informação apresentaram recuo (-0,8%).
Em relação a agosto de 2019, sob a ótica da oferta, as três grandes atividades econômicas recuaram em agosto deste ano.
Pelo lado da demanda, o consumo das famílias encolheu 5,8%. Todas as categorias de consumo apresentaram taxas negativas, exceto o consumo de bens duráveis, que cresceu 1,4% em agosto de 2020 ante agosto de 2019, interrompendo uma sequência de seis retrações consecutivas nesse tipo de comparação. O consumo de bens não duráveis encolheu 2,6%, o de semiduráveis caiu 9,5%, e o de serviços tombou 8,5%.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) caiu 3,9% em agosto, com perdas em todos os componentes: máquinas e equipamentos (-8,4%), construção (-1,0%) e outros ativos (-2,3%).
A exportação de bens e serviços cresceu 1,4% em agosto ante agosto do ano passado. Já a importação despencou 20,4% no período.
Em termos monetários, o PIB alcançou aproximadamente R$ 4,7 trilhões de janeiro a agosto, em valores correntes. A taxa de investimento em agosto de 2020 foi de 17,0% na série a valores correntes.