O governo de Goiás, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), expediu um ofício notificando o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), de esfera federal, para prestar esclarecimentos quanto ao uso de retardante de fogo na Área de Proteção Ambiental (APA) Pouso Alto, na Chapada dos Veadeiros, uma vez que o produto não tem o uso autorizado na região.
Conforme a Semad, o produto foi supostamente empregado nas queimadas que atingiram a região, não somente em área do Parque Nacional mas, segundo notícias, também na APA Pouso Alto, sob gestão estadual, sem que Semad tenha sido informada, quando o fogo já estava praticamente extinto.
O ofício da Semad é endereçado ao chefe do Parque Nacional, Luís Henrique Mota de Freitas Neves, e apresenta, entre outras informações, dados técnicos da Unidade de Conservação (UC) goiana e informações que circularam na internet, dando conta de que o produto produz efeitos de impacto ambiental.
No texto, a pasta estadual solicita informações se o produto foi lançado somente em áreas do PNCV ou também no interior da APA de Pouso Alto. Caso a resposta seja positiva, em que localização, qual a sua composição e possíveis impactos sobre a água, o solo, a fauna e flora da região.
Em nota divulgada pela secretaria no último sábado, a Semad esclarece que, acerca das informações sobre a aplicação do retardante, não há registro de regulamentação do produto químico no Estado, e destaca que caso seja comprovada a sua utilização em área pertencente à APA de Pouso Alto, que o seu emprego não foi consultado junto às autoridades goianas.