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Pandemia muda vacinação de colaboradores do Hugo
Colaboradores do Hospital de Urgências de Goiânia Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) recebem, durante esta semana, doses de duas vacinas. A imunização acontece durante o período de trabalho, enquanto os profissionais desempenham suas funções. A medida impede que haja aglomeração, mantém todos os colaboradores imunizados. Uma das vacinas entrou no calendário de profissionais da saúde por conta da pandemia causada pelo coronavírus.
São oferecidas doses contra Sarampo, aos colaboradores com idade entre 20 e 49 anos. Além disso, são fornecidas doses da vacina Pneumocócica 23 Valente, que previne pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo Pneumococo. Esta segunda vacina é indicada à população inhdígena e grupos-alvo específicos, mas em condição da pandemia causada pelo COVID-19, o Ministério da Saúde (MS) determinou que profissionais da saúde atuantes na linha de frente sejam imunizados.
“Nós visamos pela saúde de toda a comunidade, esse é o nosso objetivo maior, mas cabe também a nós, como administração, preservar a integridade dos nossos colaboradores e esse é o nosso papel primordial, porque se temos profissionais afastados, naturalmente, teremos deficiência no serviço que oferecemos”, conta a diretora-geral da unidade, Dulce Xavier.
Gerente de Assistencial do Hugo, Janine de Paula revela que o objetivo da campanha é atingir 100% do plantel. “Todos os colaboradores têm o dever, periodicamente, de atualizar as informações da Carteira de Vacinação junto à administração do hospital. Como estamos proporcionando de forma massiva essa vacinação, acredito que teremos o total de pessoas imunizadas, naturalmente.”
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Ricardo Eletro protocola o maior plano de recuperação judicial do varejo
A varejista Ricardo Eletro, que pertence ao grupo Máquina de Vendas, apresentou, na noite de terça-feira, 12, a minuta do seu plano de recuperação judicial, a maior já realizada no setor de varejo. Com dívidas de cerca de R$ 4 bilhões e pouco menos de 20 mil credores, a empresa fechou 400 lojas e “está endereçando o negócio para ser uma plataforma digital”, diz Salvatore Milanese, sócio-fundador da Pantalica Partners, assessoria financeira da empresa.
O documento detalha o passo a passo do plano de recuperação e a lista de credores. O pedido de recuperação judicial da varejista foi aprovado pela Justiça em agosto e é justificado pela pandemia, apesar de as concorrentes terem prosperado nos últimos meses.
No texto, a Máquina de Vendas propõe que os credores com garantia real recebam seus pagamentos com o valor de um excedente do caixa da empresa. Na prática, a proposta é que o que passar do caixa mínimo, de R$ 100 milhões, seja distribuído aos credores. Além disso, será aplicado deságio de 85% sobre os valores.
Se aceito, o pagamento começa após a rede quitar os seus “credores estratégicos”. Segundo Luiz Deoclecio Fiore, sócio da OneBehalf, esses credores são, em geral, fornecedores que optam por manter o fornecimento e têm vantagens no recebimento de seus créditos.
Já os credores sem garantia real, no valor de até R$ 3,5 mil, receberão R$ 1,5 mil no prazo de até dois anos, a partir da homologação. Quem tem a receber mais de R$ 3,5 mil terá o pagamento atrelado ao excedente do caixa mínimo.
O deságio para esses credores também é de 85% e o pagamento acontece depois que os credores estratégicos tiverem suas dívidas quitadas. Quem tem mais de R$ 3,5 mil a receber mas quer receber sem depender do caixa excedente, pode optar por receber à vista R$ 1,5 mil em até 24 meses, e abrir mão do que restar. “Nesse momento, estamos dando prioridade às dívidas trabalhistas, pois os trabalhadores demitidos são o principal foco de atenção da empresa”, diz Milanese.
A empresa informou à Justiça que tem R$ 30 milhões para pagamento de parte desse valor devido aos trabalhadores. Esses credores devem receber até R$ 4 mil e, para quem tem mais do que isso a receber, haverá o deságio de até 85%.
Com a venda de ativos físicos a RicardoEletro deve apostar no e-commerce. A rede pretende manter cem lojas físicas.
Para Fiore, o plano da empresa tem problemas. Ele considera que a imposição do caixa mínimo de R$ 100 milhões dificulta que os credores recebam seus valores de direito. “O plano deveria ter a situação fiscal da empresa mais detalhada. A companhia teve problemas com pagamentos à União e isso não está exposto de forma que os credores tenham uma noção completa do que a empresa tem a pagar”, avalia.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.