Subtenente dos Bombeiros de Goiás morre vítima de covid-19
O subtenente do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO), Jarbas Pires Borges, de 40 anos, é o primeiro militar da ativa da corporação vítima fatal da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Pires estava internado num hospital, em Aparecida de Goiânia, e acabou falecendo na madrugada desta quarta-feira (16/9) em decorrência de complicações ocasionadas pelo Sars-CoV-2.
O subtenente era natural de Rio Verde e estava no Corpo de Bombeiros há 20 anos. Pires estava internado no Hospital Garavelo, em Aparecida, com diagnóstico de covid-19. Infelizmente, o militar não resistiu à doença e veio a óbito.
Por meio de nota, o Corpo de Bombeiros lamentou a perda do colega. Veja abaixo:
“O Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás lamenta profundamente o falecimento do nosso companheiro de farda, o Subtenente Jarbas PIRES Borges. O Bombeiro Militar faleceu em Goiânia em decorrência de complicações resultantes da covid-19. Nascido em Rio Verde, o militar tinha 40 anos e entrou na corporação em 2000, servindo a maior parte do tempo no 4º Batalhão em Rio Verde.Primeiro Bombeiro Militar da Ativa vítima do COVID-19, o Bombeiro estava lutando contra a doença no Hospital Garavelo em Goiânia, mas infelizmente não resistiu e veio a óbito nesta madrugada. Deixando 3 filhos.Prestamos nossas condolências e solidariedade aos familiares, amigos. A Corporação deseja força e união neste momento de dor e saudade.”
Artigo de opinião: novos tempos
Em 1951, período de guerra fria, o cineasta americano Robert Wise com a pretensão pacifista lançou a ideia de que em determinado momento nós terráqueos, senão a própria Terra, nosso planeta, deveria parar, para se reavaliar.
Em 2008, uma refilmagem do clássico de Wise, agora com o famoso ator Keanu Reeves, narra uma história semelhante, de ameaça à Terra, dessa vez não mais decorrente de guerras e bombas, mas sim devido à falta de cuidados com o meio ambiente, o que seria tão devastador quanto. Outra chance de reanálise.
Uma das belezas da literatura é permitir observar o rumo que as coisas estão tomando e assim manifestar possíveis consequências e nesse sentido, no ano de 1977, um sujeito com tipo meio maluco, “maluco beleza”, soltou uma música também com ares proféticos: “O dia em que a Terra parou”.
Poderíamos parar por aí, mas me veio a lembrança de que o bilionário Bill Gates, esse sim nada maluco, em um de seus devaneios também fez uma previsão de que o mundo poderia parar. O discurso ocorreu em um “Ted talk” onde Gates dispõe que mortes e tragédias seriam desencadeadas não por bombas, mas sim por vírus e bactérias.
Fato é que todos estavam certos, exceto em uma coisa: Ainda estamos aqui. Assustados? Sim. Com medo? Sim, contudo remando, trabalhando, construindo, cada um de nós um padrão de proteção, aprendendo a lutar nossas batalhas diárias.
Hábitos que antes eram normais, foram interrompidos, de forma que a sociedade está se adaptando a uma condição que muitos estão chamando de “novo normal”. Não gosto desse termo. Nossos medos já são muitos e o chamar de “novo” nos remete a outro medo o de “mudança”, chamemos somente de normal, o “normal de agora”.
Até que tudo volte, procuremos ver que em tudo podemos tirar lições e aprender. Isso é o que acontece quando tiramos o pé do acelerador, conseguimos ver melhor a paisagem, assim, vamos aproveitar que fomos obrigados a desacelerar e ver o que podemos tirar de bom nisso. Vamos tentar descobrir o prazer de curtir nosso próprio lar, estar mais tempo com nossos filhos, nossa família, conversar, ser mais presente, e isso não é tudo.
Eu poderia citar aqui várias outras evoluções, que acontecem nesse momento, como: o trabalho em Home Office, tele medicina, audiências, reuniões, sustentações, palestras, entretenimento e aulas virtuais, Zoom, Teams, Google Meet, lives. Vimos que dá certo. Até o trânsito melhorou, observaram? Assim conseguimos resolver diversas questões sem sair de perto da nossa família.
Bom! Tudo vai passar, o fato é que, aquele normal que conhecíamos jamais vai voltar pois evoluímos muito em meses, e essa evolução é irreversível e acredito positiva, não está sendo fácil lidar com tudo isso, mas confio, sinceramente no ser humano. Vamos Vencer!
Telemedicina CASAG supera 10 mil atendimentos
Ao se aproximado dos 170 dias de seu lançamento, o serviço de Telemedicina da Caixa de Assistência dos Advogados de Goiás (CASAG) já contabiliza mais de 10 mil ligações recebidas, uma média de 60 chamadas diariamente. A ação abrange um universo de 200 mil pessoas em todo o estado e oferece orientações médicas importantes por telefone.
O serviço seria disponibilizado por três meses, como uma das medidas de enfrentamento à pandemia, adotadas pela Caixa de Assistência. Mas, diante do volume de atendimentos, o presidente da entidade, Rodolfo Otávio Mota, e sua diretoria, decidiram prorrogar o Telemedicina. “Tivemos a flexibilização de diversas atividades em Goiás, mas não é momento para abaixarmos a guarda. Observamos que nossos advogados e familiares ainda precisam desse cuidado”, diz Rodolfo.
O Telemedicina CASAG é uma ação solidária e foi lançado em 30 de março como parte de uma série de ações de enfrentamento ao vírus e contabiliza 10.225 ligações atendidas, até o último boletim lançado hoje, com dados do dia 11 de setembro.
Desde o lançamento do serviço, os médicos atendentes detectaram 1.348 pacientes com sintomas de síndrome gripal, que receberam as devidas orientações. Dos 10.225, apenas 211 tiveram realmente de ser encaminhados para atendimento de urgência/emergência por suspeita de Covid-19, cerca de 2% do total.
Dessa forma, o Telemedicina CASAG evitou que mais de 10 mil pessoas buscassem atendimento nas unidades de saúde público/privada. “A CASAG, colabora com seus meios para evitar a sobrecarga da rede hospitalar especialmente neste momento. Oferecemos um serviço eficiente, seguro e fundamental à advocacia”, avalia Rodolfo Otávio Mota.
A média de ligações diárias já chegou a 130 e no momento é de cerca de 60. No total acumulado, desde a implantação do serviço, a maior parte dos telefonemas duraram em torno de 5 a 10 minutos (3.361 ligações).
Os inscritos e inscritas, assim como seus familiares, podem, gratuitamente e sem limite de ligações, tirar dúvidas e receber orientações de uma equipe multidisciplinar altamente qualificada, composta por médicos, psicólogos e enfermeiros, através do 0800-042-0483. O Telemedicina CASAG é coordenado pelo comitê de combate ao novo coronavírus, presidido pelo médico intensivista Alexandre Richter, composto por profissionais de diversas áreas.
Idosa de 93 anos vence a Covid em Jaraguá
Sentimentos de alegria e esperança tomaram conta do Hospital Estadual de Jaraguá Dr. Sandino de Amorim (HEJA) na manhã desta quarta-feira, 16. Com aplausos, profissionais que estão linha de frente do combate à Covid-19 comemoraram a vitória e a alta hospitalar da paciente Dorcelina Dionísia da Silva, de 93 anos, que venceu a batalha contra o coronavírus.
A saída da idosa foi marcada pela emoção de familiares e da equipe que a acolheu no hospital. “Toda equipe ficou muito emocionada. Foi nossa terceira alta, uma paciente de 93 anos, literalmente uma guerreira e também uma conquista muito grande para a nossa unidade. Ver a paciente sair daqui sob aplausos nos encoraja a enfrentar todas as dificuldades”, relata a diretoria de humanização do HEJA, Camila Marques.
Dona Dorcelina foi internada no dia sete de setembro com sintomas de falta de ar e tosse, e com diagnóstico positivo para Covid-19. Ela foi encaminhada para Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde permaneceu durante o período de internação. A idosa não precisou usar respirador, mas necessitou do auxilio de oxigênio na respiração espontânea e após nove dias em tratamento contra o novo coronavírus recebeu alta.
A recuperação de dona Dorcelina sensibilizou os colaboradores da unidade. Para Camila, essa é uma vitória da equipe de profissionais do HEJA. “A dedicação de todo o grupo tem sido fundamental para a gente conseguir cumprir nosso compromisso com a saúde. Estávamos todos torcendo muito por ela. Foram nove dias de dedicação a paciente, tomando todos os cuidados necessários. São despedidas felizes e muito gratificantes. O que mais queremos afinal é que essas pessoas estejam em suas casas, perto dos familiares”, finaliza a diretora de humanização.