O Procon Goiás começou, nesta semana, a notificar cerealistas, distribuidoras e supermercados localizados em Goiânia e na Região Metropolitana para verificar as razões dos aumentos relatados pelos consumidores no preço do arroz e, eventualmente, a possível majoração injustificada de preços. As notificações são motivadas pela alta do preço do grão. Em alguns lugares de Goiânia, um pacote de 5kg de arroz pode ser encontrado por até R$ 30.
O órgão optou pela fiscalização por meio de amostragem, devido à necessidade de rapidez nas verificações. Segundo o Procon, as empresas notificadas terão 3 dias para apresentar as notas fiscais de entrada e saída do período que vai do dia 1º de junho até o dia em que ela foi notificada.
Neste período, já foram notificados 20 estabelecimentos, nos quais foram constatados os valores de diversas marcas de arroz. A partir disso, serão verificadas possíveis práticas abusivas relacionadas ao aumento de preço recente.
Caso haja a comprovação de aumento abusivo de valores, descumprimento do prazo ou não apresentação de todos os documentos solicitados, a empresa infratora será autuada. A multa pode variar de R$650 a R$9 milhões, a depender do tamanho do estabelecimento, natureza da infração e se há reincidência.
Em entrevista a um veículo local, o presidente do Sindicato da Indústria do Arroz do Estado de Goiás (Siago), Jerry Alexandre, afirmou que a alta se deve a uma série de fatores, como os climáticos, que, segundo o presidente, reduziram 40% da produção de arroz na Ásia. Além disso, conforme o presidente do Siago, países asiáticos passaram a importar o grão e até o preço do dólar influenciou, o “que acabou ajudando os exportadores brasileiros”.