Hospital das Clínicas Covid será aberto amanhã com 30 leitos de UTI
Uma parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (FUNDAHC), o novo hospital emergencial para atender a demanda da pandemia da Covid-19, que recebeu o nome de Hospital das Clínicas Covid (HCC), abrirá suas portas para atendimento à população goiana nesta terça-feira, 11/08. Neste início serão disponibilizados 30 leitos de UTI e outros 30 de enfermaria que servirão de apoio às UTIs, mas há previsão de ampliação escalonada para até 100 leitos de UTI e 200 de enfermaria, de acordo com a demanda da SMS.
Diretora-geral do HCC, a médica infectologista e professora do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da (IPTSP/UFG), Adriana Guilarde, destaca a importância da abertura do hospital neste momento de flexibilização do comércio no estado de Goiás. “Há risco de crescimento do número de casos de Covid, notadamente no interior do estado, então é importante assegurar a estrutura necessária a fim de que não haja falta de leitos para a população. Além disso, há muitos leitos na rede particular de saúde subsidiados pelo governo municipal e, ao abrirmos esses novos, conseguiremos migrar essa demanda para a rede pública com um menor custo”, considera.
Cerca de 300 profissionais entre equipes médica, de enfermagem, multiprofissional, administrativa, de nutrição e apoio atuarão no HCC já nesta primeira semana. No caso de a unidade oferecer os 300 leitos previstos, esse quantitativo poderá chegar a aproximadamente 1.500. Terá um médico intensivista responsável a cada 10 leitos de UTI, além de infectologistas e anestesiologistas. Será ofertado um respirador para cada dois leitos de UTI. Os números de profissionais e de aparelhagem disponibilizados seguem normas técnicas e garantem atendimento de qualidade e excelência.
Para a professora o momento exige empatia e dedicação de toda a equipe. “Viemos para suprir uma demanda imediata e importante. Sabemos que cada um de nós pode ser um futuro paciente, e vamos nos preparar para oferecer nosso melhor”, afirma, reforçando a necessidade “de rigor nas práticas de biossegurança pela equipe, a fim de minorar os riscos ocupacionais inerentes à função”.
Vale lembrar que o Hospital das Clínicas Covid não é referência para receber pacientes com comorbidades graves e que necessitem de cuidado simultâneo de várias especialidades médicas. Toda a demanda da unidade será encaminhada via Regulação da SMS, portanto, não fará atendimento direto a pacientes que procure a unidade. A princípio, o contrato de gestão do HCC funcionará até 31 de dezembro de 2020. Após esse período, o hospital retorna à UFG para futura sede do Hospital das Clínicas da UFG, sob gestão da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
Serviço
Assunto: Inauguração do Hospital das Clínicas Covid
Local: 1ª Avenida, esquina com rua 235, n.º 545 – Setor Leste Universitário
Data e horário: 11/08, às 9 horas
Goiás volta a registrar mais de 2 mil casos de coronavírus em 24h
Apenas 7 município em Goiás não têm casos confirmados de covid-19
Dos 246 municípios que compõem o estado de Goiás, apenas 7 não têm confirmação de casos de covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Conforme os dados atualizados e divulgados na tarde desta segunda-feira (10/8) pelo painel COVID-19, do governo de Goiás, somente os municípios de Aporé, Sítio D’Abadia, Novo Planalto, São Domingos, São Miguel do Passa Quatro, Lagoa Santa e Água Limpa não foram atingidos oficialmente pelos vírus.
Ainda de acordo com os dados divulgados pelo governo do Estado, Goiás tem, hoje, 87.949 casos confirmados de covid-19; 78.929 recuperados; 148.161 casos suspeitos e 69.503 casos descartados da doença.
Já os óbitos confirmados já atingiram a marca de 2.072, com 60 suspeitos e 953 descartados. A letalidade é de 2,36%.
Brasil já tem mais de 3 milhões de casos confirmados de covid-19
Conforme a atualização divulgada pelo Ministério da Saúde às 18h30 do último domingo (9/8), no Brasil foram registradas 572 mortes pelo novo coronavírus e 23.010 novos casos nas últimas 24 horas. O país soma 3.035. 422 casos da doença.
Desde o início da pandemia, já foram contabilizados 101.049 óbitos. O número de curados é de 2.118.460.
MPF e MPTCU cobram Tesouro sobre identificação de verbas federais para saúde
O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público de Contas junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU) estão cobrando uma série de esclarecimentos do secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, sobre uma portaria assinada em julho para regulamentar a identificação de recursos federais vinculados a ações e serviços públicos de saúde.
A norma foi editada a pedido do próprio MPF, que argumenta que a padronização nacional da codificação das fontes de repasses feitos pela União aos estados, municípios e Distrito Federal vai permitir maior eficiência na fiscalização da aplicação dos recursos transferidos a título de auxílio financeiro aos demais entes federativos.
“É crucial para as investigações realizadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal. No caso da Operação “Apneia” conduzida PF, por exemplo, foi constatada a adoção de conduta para ludibriar a fiscalização federal. A situação levou a discussão sobre as fontes ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região”, sustentam os procuradores.
Os órgãos de controle se preocupam especialmente com a supervisão do montante destinado ao enfrentamento da pandemia da covid-19, cujos repasses federais já somam R$ 50 bilhões para contratações e compras emergenciais que têm sido feitas sem licitação.
Embora o governo tenha baixado a portaria, para os procuradores da República Silvia Regina Pontes Lopes e Cláudio Henrique Machado Dias e o procurador de Contas do MPTCU, Júlio Marcelo de Oliveira, o dispositivo não traz um mecanismo específico para o acompanhamento da aplicação dos repasses.
Outro ponto questionado no ofício encaminhado a Funchal na última sexta, 7, é a falta de regras de transição para a execução orçamentária do exercício de 2020. A sugestão é que o governo adote o rol de fontes de recursos federais previsto na portaria que disciplinou o orçamento de 2019. Com isso, os procuradores avaliam que será possível assegurar o detalhamento das fontes nos estados, Distrito Federal e municípios.
“A mora do Poder Executivo federal em concluir e implantar a codificação padronizada de fontes de recurso persiste há pelo menos uma década. ( ) A permanência de multiplicidade de codificação de fontes não se demonstra compatível com a noção de padrão contábil, orçamentário e fiscal quando se trata de dados que devem ser processados e amplamente divulgados na internet para acesso e compreensão pelos cidadãos”, diz o documento.
COM A PALAVRA, O MINISTÉRIO DA ECONOMIA
O Ministério da Economia informou que recebeu o ofício e está preparando resposta aos questionamentos dos procuradores.