Colaboradores do Hospital de Urgências de Goiânia Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), um som diferente. Eram enfermeiras, alteraram a forma de atendimento durante o período em que se enfrenta a maior crise de saúde pública do século. Se por um lado a pandemia causada pelo coronavírus impediu acompanhantes e visitas aos pacientes, por outro, elevou o nível de humanização do atendimento a quem quer informações do parente internado.
“Chegamos aqui sem saber o que tinha acontecido. Ele se acidentou de moto e pediu para me ligarem e dizer que ele estava na emergência. Viemos desesperadas, mas não podemos entrar por medida de precaução. Só que a todo instante, somos informadas quando buscamos as meninas da recepção para saber o estado”, diz Marcela Dias Azevedo. Ela tem o irmão internado na emergência da unidade.
A angústia de ter alguém hospitalizado é compreendida pela equipe, que passa pelo treinamento diariamente, a fim de que qualquer detalhe seja reparado e que a humanização seja elevado pelo trato e pela comunicação de estado aos parentes. Também foram adotados critérios, para que informações sejam repassadas somente a parentes que comprovem ligação. A intenção é evitar vazamento de dados e preservar o paciente.
“Temos um alto nível de zelo, mas agora estamos a cada dia aprimorando mais. Temos tentado a cada dia exercer a empatia com as pessoas, porque acreditamos na humanização do atendimento. Nossas recepções e nossa vigilância estão a todo momento prontas para ajudar, porque somos pessoas cuidando de pessoas”, disse Vinícius Cavalcante, coordenador de Apoio Operacional do Hugo.
O mesmo pensamento tem a coordenadora de Relacionamento do hospital, Ariana Leonel. “A questão é que nós estamos vivendo um período já delicado por conta da pandemia, em que todos estão com um teor muito grande de nervosismo pelo contexto e quando alguém sabe que um ente seu está internado em um hospital de complexidade para traumas, eleva ainda mais o nível de estresse. Nossa missão é abordar essas pessoas com o máximo de empatia, para que tenhamos sempre sucesso em levar calma e repassar as informações sobre o paciente que está em atendimento”.