A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) deflagrou, na última quarta-feira (15/7), uma operação com objetivo de combater um esquema de fraudes em procedimentos licitatórios para a contratação de empresas de tecnologia de informação (TI). Foram presos um empresário, proprietário da empresa de TI Log Lab, e o diretor administrativo da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego), Carlos César de Toledo, o Cacai.
Conforme informações da PCGO, foram cumpridos, até agora, seis mandados de prisão temporária e 23 mandados de busca e apreensão em Goiânia e Campinaçu. A operação, batizada de Negociatas, também está sendo realizada em Cuiabá, capital do Estado do Mato Grosso.
Em Goiás, a Negociatas está sendo executada através da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). A investigação, iniciada em julho de 2019, apura a prática dos crimes de associação criminosa, corrupção, tráfico de influência, fraude à licitação e lavagem de dinheiro.
São investigadas fraudes em procedimentos licitatórios para a contratação de empresas de TI, além da solicitação e recebimento de vantagens para benefícios em contratos com a administração pública.
Durante a ação foram apreendidos diversos documentos, computadores e objetos relacionados à investigação, além da quantidade de meio milhão de reais.
Negociatas: prisão de diretor da Codego e empresário
Conforme adiantado por um veículo local, o dinheiro apreendido pela PCGO estava em posse do empresário Antônio Fernando Pereira Ribeiro, dono da empresa de TI Log Lab Inteligência Digital, preso na operação. Além dele, foi preso o diretor administrativo da Codego, Carlos César de Toledo, conhecido como Cacai Toledo.
Em um comunicado, a Codego afirmou que “colabora com a Policia Civil” e “que reafirma seu compromisso com a transparência e aguardará a conclusão das investigações”. A reportagem do Dia Online também tentou contato com a Log Lab, mas não obteve sucesso. O espaço permanece aberto.