A Federação Internacional de Ginástica (FIG, na sigla em francês) se rendeu à incerteza relacionada à pandemia do novo coronavírus e anunciou nesta sexta-feira o adiamento para 2021 de todas as etapas da Copa do Mundo que estavam programadas para esse ano. São quatro de ginástica artística e outras quatro de ginástica rítmica.
As competições atingidas na ginástica artística são as de Stuttgart (Alemanha), Birmingham (Inglaterra), Tóquio (Japão) e Doha (Catar). Esta última, uma etapa somente por aparelhos, é a única já com data acertada em 2021: de 10 a 13 de março. As outras deverão acontecer também no primeiro semestre, antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, que serão de 23 de julho a 8 de agosto.
Na ginástica rítmica, a FIG já anunciou as datas em 2021 das quatro etapas adiadas. São elas: Sófia, na Bulgária, de 9 a 11 de abril; Tashkent, no Usbequistão, de 16 a 18 de abril; Baku, no Azerbaijão, de 7 a 9 de maio; e Pesaro, na Itália, de 28 a 30 de maio.
“Reorganizar o calendário leva tempo. Nestas circunstâncias excepcionais, a federação acredita que é primordial atuar com cautela e assegurar que os esportistas tenham acesso às competições que desejam disputar, assim como tenham tempo de se preparar para competir em alto nível”, informou a FIG em um comunicado oficial divulgado nesta sexta-feira.
NO BRASIL – No mesmo dia em que etapas da Copa do Mundo em 2020 foram adiadas, a seleção brasileira feminina de ginástica artística faz nesta sexta-feira um treino aberto virtual com Jade Barbosa, Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Thais Fidelis, Lorrane dos Santos e Carolyne Pedro, além das juvenis Christal Bezerra e Isabel Barbosa.
No início de junho, a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) abriu o treino do Grupo de Controle, formado por atletas promissoras. Foram oferecidas mil vagas na sala virtual e todas foram preenchidas. Nesta sexta-feira, a capacidade de público foi triplicada.
Assim, esta será uma oportunidade para acompanhar o que a elite da ginástica artística feminina do Brasil está fazendo para manter o moral elevado e a forma durante a pandemia, mas com toda a preocupação com o “espetáculo” oferecido ao público. “Num treino fechado, fazemos mais pausas para correção dos exercícios. O treino aberto é mais dinâmico, de forma a evitar que fique monótono para os espectadores”, explicou Francisco Porath Neto, treinador da seleção brasileira feminina.
Além disso, o público pode acompanhar também treinadores de clubes e associações comandando parte dos exercícios. “É muito bom termos a participação dos treinadores de clubes. Eles é que fazem a ginástica artística brasileira acontecer no dia a dia. Esse tipo de atividade é importante para mantê-los motivados também”, finalizou Porath Neto.