Uma operação da Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) interditou, na última sexta-feira (26/6), em Cavalcante, Goiás, propriedade rural onde era realizado desmatamento irregular. De acordo com o órgão estadual, dos 1.029 hectares retirados sem autorização, 7,48 hectares estavam dentro da Área de Proteção Ambiental de Pouso Alto. O proprietário foi autuado em R$ 2,124 milhões.
Além da equipe do Semad, o trabalho de fiscalização contou com o apoio do Grupo Tático 3 (GT3) e das polícias Civil (PC-GO) e Militar (PM-GO). A ‘Operação Presença’ integra desdobramento de ações de prevenção e controle que abrangeram outras 20 localidades e tiveram início no dia 22/6.
Operações já haviam encontrado outros procedimentos ilícitos, como desmatamento irregular e mineração, em Cavalcante
Em outras operações, fiscais também encontraram minerações irregulares e áreas desmatadas. Uma das atividades ilegais embargadas era realizada em propriedade do atual prefeito do município, Josemar Saraiva Freire, que emitiu licença irregular para o exercício da atividade e desmatou vegetação de área pública.
Dias antes, agentes encontraram mineradora irregular e apreenderam maquinarias, 11 no total, avaliadas em 2,6 milhões de reais. Os responsáveis pelos crimes ambientais foram multados e poderão sofrer outras sanções. O valor da multa foi registrado em R$ 169 mil.
De acordo com a titular da Semad, Andréa Vulcani, é necessário separar aqueles produtores rurais que praticam atividades lícitas daqueles que cometem crimes ambientais. “O nosso objetivo é proteger o clima, a nossa rica biodiversidade, o agronegócio e a economia de Goiás. É preciso separar o joio do trigo. Os produtores que realizam suas atividades de forma legal, de forma sustentável, não podem ser prejudicados por uma minoria irresponsável. Estamos na iminência de portas se fecharem para nossos produtos por conta de casos como este”, afirma, se referindo a possibilidade de sanções comerciais diante das irregularidades ambientais constatadas.
A responsável pela pasta ainda afirmou a importância do Cerrado para a economia goiana. “Sem o cerrado, sem a produção de água, sem as chuvas que o cerrado nos permite, não tem produção”, conclui.