O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, pode receber o título de cidadão goiano. É o que propõe um projeto que tramita na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). A matéria foi encaminhada à Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) e aguarda análise.
Em justificativa, o autor do projeto, o deputado Diego Sorgatto (PSDB), disse que Mandetta representou em sua gestão como ministro da saúde “a personificação de uma mudança de postura social e teve uma visão de valorização e respeito para com todos, especialmente em relação aos integrantes da área da saúde, além do bem-estar do cidadão.”
O deputado destacou ainda que “ele se distingue pela competência, postura ética e humana, pelo diálogo, e pela transparência desde as questões mais simples até as mais complexas, visto que seus princípios e valores são notados, não só pelos indivíduos com os quais interage, mas também por pessoas de diversas áreas profissionais e sociais.”
Mandetta foi demitido do Ministério da Saúde em meio a pandemia do novo coronavírus
Mandetta, que é médico e ex-deputado federal, estava à frente do Ministério da Saúde desde o início do governo Bolsonaro, em janeiro de 2019. Ele foi demitido no dia 16 de abril, em conversa com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O projeto traz o seguinte histórico de Mandetta:
O homenageado é especialista em Gestão de Serviços e Sistema de Saúde, pela Fundação Getúlio Vargas, formou-se em Medicina no ano de 1989, fez pós-graduação em ortopedia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, e atualmente se especializa em ortopedia pediátrica pelo Scottish Rite Hospital for Children na cidade de Atlanta, nos Estados Unidos. Sua carreira como médico teve início no Hospital Geral do Exército e, em 1993, Mandetta passou a compor o quadro de médicos da Santa Casa de Campo Grande (MS). Em 1996, foi admitido como médico no Hospital Universitário e atuou também como professor do curso de pós-graduação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
Mandetta seguiu como conselheiro fiscal da Cooperativa de Médicos (UNIMED) de Campo Grande (1998 a1999), Conselheiro Técnico da Santa Casa em 2000, e presidente da UNIMED em 2001. Em 2004, iniciou a gestão de quatro anos como conselheiro eleito do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul (CRMMS). De 2005 a 2010, assumiu a Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande . Após esse período, exerceu dois mandatos como deputado federal pelo Mato Grosso do Sul (2011 e 2018), no qual empenhou esforços nas áreas sociais, tais como assistência social, educação e, especialmente, na saúde, compondo comissões e subcomissões temáticas e, além disso, ele é representante do grupo de parlamentares brasileiros no Parlamento do Mercosul.