A Polícia Civil de Goiás, através do Grupo Antissequestro (GAS) da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), prendeu na última terça-feira (23/6), em Pires do Rio, a babá Cleonice de Fátima Ferreira, suspeita de ter envolvimento na morte de Lilian de Oliveira. A vítima sumiu no dia 13 de fevereiro deste ano quando retornou ao Brasil vinda da Colômbia. Seu corpo foi totalmente carbonizado na fornalha do laticínio de um dos investigados, em uma zona rural de Goiás.
Segundo apontado pelas investigações, Cleonice era babá da filha da vítima e a única suspeita a responder, na investigação policial, em liberdade. Ela teria intermediado toda a ação criminosa, pois era a única pessoa que tinha contato direto com a vítima.
Ainda conforme a polícia, Cleonice seria responsável por negociar a passagem de Ronaldo Rodrigues Ferreira, amigo de Juscelino Pinto da Fonseca, para Medellin, na Colômbia, bem como foi quem teria avisado a vítima que Ronaldo iria buscá-la no aeroporto.
Além disso, desde o início, Cleonice teria embaraçado as investigações, informando a família da vítima que Lilian não teria voltado ao Brasil, retardando o registro do desaparecimento por familiares. Assim como Cleonice, Juscelino e Ronaldo, que estavam em prisão temporária, também tiveram cumpridos mandado de prisão preventiva, após representação da Polícia Civil.
Os três ficarão custodiados na Casa de Prisão Provisória (CPP) e respondem como suspeitos de homicídio qualificado. Com as prisões preventivas cumpridas, a investigação se encerra com a remessa do inquérito ao Poder Judiciário.
Carbonizada em fornalha de laticínio, Lilian foi morta a mando do amante
Após investigações, a Polícia Civil descobriu que a dona de casa Lilian de Oliveira, de 40 anos, foi assassinada poucas horas depois de desembarcar, no dia 13 de fevereiro, no aeroporto de Goiânia.
O amante de Lilian, Juscelino Pinto, e um amigo dele, Ronaldo Rodrigues, confessaram participação no homicídio. Ronaldo foi preso no estado do Maranhão enquanto tentava fugir para Salvador, na Bahia, no dia 28 de maio. Logo depois, a Polícia Civil prendeu Juscelino, em Pires do Rio, em Goiás. Ele confessou que ter mandado o colega matar Lilian.
Segundo apontou o delegado Thiago Martimiano, responsável pelo caso, Juscelino mandou matar Lilian devido ao fato de ela estar se relacionando com um outro homem. Além disso, estaria gastando o dinheiro que ele repassava a ela com viagens.
O delegado contou ainda que Juscelino também alegou que Lilian sempre ameaçava contar para sua esposa sobre o relacionamento extraconjugal dos dois caso ele não lhe desse mais dinheiro.
Uma perícia realizada apontou que o corpo de Lilian foi completamente carbonizado na fornalha do laticínio localizado na zona rural de Santa Cruz de Goiás, município a cerca de 120 quilômetros da capital.