Um estudo realizado por pesquisadores britânicos da Universidade de Oxford mostra que o corticoide dexametasona reduziu de forma significativa a mortalidade entre pacientes graves da covid-19. Os resultados preliminares foram divulgados nesta terça-feira (16/6). A notícia foi comemorada pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
De acordo com a pesquisa, o medicamento, usado no tratamento de doenças como reumatismo, alergias graves e asma, resultou uma redução de mortalidade de 33% nos pacientes com covid-19, que precisaram de ventilação mecânica. Já nos pacientes em tratamento que precisaram de oxigênio, mas sem uso ventilação mecânica, a queda da mortalidade foi de 20%.
Por meio das redes sociais, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), que também é médico, declarou que com o estudo a luta continua para salvar vidas. “Estudo da Universidade de Oxford trouxe uma boa notícia: a comprovação de que a Dexametasona possui grande eficácia no tratamento de pacientes de coronavírus. É um remédio que já estava disponível na rede pública. Agora com esse estudo poderemos continuar nossa luta diária para salvar vidas”, escreveu.
OMS declara que uso da dexametasona, com base em testes, é um avanço contra a covid-19
Com base nos dados, a SBI analisou que pode-se concluir que: “todo paciente com covid-19 em ventilação mecânica e os que necessitam de oxigênio fora de Unidade de Terapia Intensiva devem receber dexametasona via oral ou endovenosa 6mg uma vez por dia por 10 dias”.
Após a divulgação do estudo, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou que os testes com o uso da dexametasona se trata do primeiro tratamento comprovado que reduz a mortalidade em pacientes infectados que apenas conseguem respirar com o uso de respiradores.
Uso da dexametasona
Após a divulgação da eficácia do remédio em pacientes com casos graves, as autoridades da saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Conselho Federal de Farmácia (CFF), reforçam que o uso do corticoide, assim como de qualquer outro remédio tarjado, deve ser feito somente sob prescrição médica.