A Polícia Civil, por meio da 5ª Delegacia Distrital de Polícia (DDP), prendeu em flagrante duas pessoas por vender produtos hospitalares falsos, em Aparecida de Goiânia. A prisão foi efetuada na manhã desta segunda-feira (8/6).
Conforme informações da PC, a dupla é suspeita de falsificar e revender cateteres para hospitais. Empresas que adquiriram os produtos desconfiaram da baixa qualidade e denunciaram o caso.
A investigação onde dois foram presos por venda de produtos hospitalares falsos, em Aparecida
A investigação começou na última sexta-feira (5/6), quando a PC recebeu uma denúncia repassada por representante de uma empresa que vende cateter para hemodiálise. O representante é de uma empresa situada no estado do Rio Grande do Sul.
Segundo a denúncia, uma outra empresa, localizada em Aparecida de Goiânia, estava vendendo cateteres falsificados com o nome da empresa gaúcha. A representante soube do caso por alguns hospitais se queixaram da baixa qualidade do produto e dos riscos causados a pacientes em estado grave.
Com as suspeitas, a empresa gaúcha comprou dois cateteres da empresa de Aparecida de Goiânia e fez uma auditoria interna para comprovar que o material não era original.
O flagrante
Na manhã dessa segunda-feira (8/6), os policiais civis da 5ª DDP de Aparecida fizeram diligências na sede de duas empresas suspeitas de falsificar o material, para apurar a denúncia da venda de cateter de hemodiálise falso. As empresas estão situadas no setor Morada dos Pássaros, em Aparecida.
Durante as diligências, os policiais abordaram as pessoas que trabalham na empresa, suspeitas de vender produtos hospitalares falsos, e constataram que o local servia como depósito de medicação clandestina. Inclusive, diversos medicamentos armazenados estavam sendo revendidos sem autorização dos órgãos sanitários e de regularização comercial.
A Polícia Civil acionou então a vigilância sanitária municipal e a Polícia Técnico-Científica. Os órgãos constataram que os cateteres armazenados e revendidos realmente eram falsos. No local foram encontradas cerca de 26 caixas do produto falsificado, totalizando 300 cateteres e dezenas de medicamentos. De acordo com a PC, a falsificação era grosseira, com embalagem diferente, qualidade muito inferior ao material original.
Segundo a investigação, uma empresa de Aparecida de Goiânia deixou de fabricar o produto em 2017 e o descartou no mesmo município. Diante disso, as empresas investigadas resolveram falsificar os cateteres, porém utilizavam a logomarca de uma empresa gaúcha de renome na área de produtos hospitalares. Os produtos eram vendidos até mesmo para hospitais goianos, simulando que os mesmos estavam dentro do prazo de validade.
Os dois sócios proprietários foram conduzidos à delegacia, presos em flagrante pelos crimes contra o consumidor e por adulteração de medicamentos. Em caso de condenação, os suspeitos podem pegar mais de 15 anos de prisão. As empresas foram interditadas pelos órgãos sanitários.