Um casal foi detido e levado à 1ª Delegacia da Polícia Civil de Aparecida de Goiânia, após ser flagrado provocando incêndio em vegetação no Setor Village Garavelo I, no município. Inicialmente, o homem e a mulher foram advertidos por um bombeiro sobre os riscos de colocar fogo em um lote baldio, mas não obedeceram e a Polícia Militar precisou ser acionada.
De acordo com a corporação, um militar do Corpo de Bombeiros de Goiás (CBMGO) advertiu os autores que a ação poderia ser enquadrada como crime ambiental. Além disso, o fogo poderia se espalhar para lotes vizinhos e uma reserva ecológica da região.
Sem sucesso na abordagem orientativa, o bombeiro acionou a Polícia Militar, que conduziu o casal para delegacia, onde foi registrado uma denúncia de crime contra o meio ambiente e de desacato à funcionário público no exercício da função. O caso ocorreu no último sábado (6/6).
Provocar incêndio em vegetação é crime
O Corpo de Bombeiros segue com a Operação Cerrado Vivo 2020, que tem objetivo de prevenir e combater incêndios em vegetação em todo estado. Para isso, de acordo com a corporação, é importante que a população seja uma aliada, evitando colocar fogo em lotes baldios.
O CBMGO explica que além de prejudicar a qualidade do ar, o fogo coloca em risco a fauna e flora da região e as próprias residências vizinhas a esses lotes. A Lei de Crimes Ambientais, nº 9.605 de 1998, no artigo 54, descreve o crime de poluição, que consiste no ato de causar poluição, de qualquer forma, que coloque em risco a saúde humana ou segurança dos animais ou destrua a flora.
Ainda conforme a corporação, um exemplo clássico desse tipo de crime é a queimada de lixo doméstico, que emite poluição na forma de fumaça, causa risco de incêndio para as habitações locais, destrói a vegetação e pode causar a morte de animais que ocupem as redondezas.
Homens são presos por provocar incêndio em vegetação na BR-153
No início deste mês, dois homens foram presos ao serem flagrados ateando fogo em vegetação às margens da BR-153, em Anápolis. A prisão foi efetuada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), que flagrou o empresário rural e o empregado durante a ação. Um dos suspeitos alegou que o fogo era para evitar que criminosos se escondessem no matagal.