Após sete anos de estagnação, a Indústria Química do Estado de Goiás (Iquego) retomou recentemente suas atividades em meio à crise do coronavírus e começou a fabricar álcool 70% líquido e em gel. A informação foi divulgada pelo governo de Goiás, que afirmou que a produção de álcool continuará mesmo após o fim da pandemia.
O governo do Estado anunciou que nesta etapa de retorno das atividades foram reduzidos custos, negociadas dívidas e retomadas as atividades fabris da Iquego. Agora, a expectativa é produzir mais de 100 mil frascos de álcool em gel 70% por mês e aproximadamente 100 mil litros de álcool etílico 70% para desinfecção de superfície.
O álcool produzido pode ser vendido para instituições públicas municipais, estaduais ou federais por meio da dispensa de licitação. Segundo Denes Pereira, presidente da Iquego, “o álcool não é só para o uso durante a pandemia, mas continuará a ser produzido após esse período”. “A Iquego será uma grande indústria não só para Goiás, mas também para o Brasil”, garantiu.
Além de álcool, Iquego também deve começar a produzir medidores de glicose
Álcool líquido e em gel não será o único alvo de produção da Iquego. De acordo com informações do governo estadual, a empresa deve começar a produzir ainda neste semestre o glicosímetro, um medidor de glicose usado por pacientes com diabetes.
A iniciativa é resultado de uma Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) entre a Iquego e uma indústria de Taiwan, na China.
Atualmente a Iquego está com chamamento público aberto para 42 novos produtos, entre eles alguns antirretrovirais e oncológicos. Outra perspectiva de mercado é a produção em larga escala de um repelente de longa duração em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG). “Esse repelente tem ação prolongada por aproximadamente três horas a mais do que os demais disponíveis no mercado, o produto foi pensado para auxiliar na prevenção das epidemias de Dengue, zika e chikungunya”, destacou Denes Pereira.