O presidente Jair Bolsonaro e o governador Ronaldo Caiado parecem ter selado de vez o retorno da amizade dos dois. Após um período de rompimento causado por divergências no que se refere às medidas contra o coronavírus, na manhã desta sexta-feira (5/6) os governantes trocaram afagos no evento de inauguração do Hospital de Campanha de Águas Lindas, e Bolsonaro chegou a dizer ele e Caiado sempre foram e morrerão como amigos.
No evento, Bolsonaro fez uso da fala para elogiar Caiado e sua gestão em Goiás e disse que a amizade dos dois é de longas datas. “Muito obrigado, Caiado, pela oportunidade. Sempre fomos amigos e morreremos amigos. afinal de contas, isso começou lá atrás”, disse.
O governador compartilhou a fala do presidente em seu Twitter com a legenda: “Agradeço pelo carinho, amigo Jair Bolsonaro. Faço minhas as suas palavras”.
Quanto ao Hcamp inaugurado, a unidade terá 200 leitos de internação, dos quais 190 de enfermaria e 10 de UTI, com rede de gás instalada. Essa rede, os geradores elétricos e camas foram adquiridos com recursos do Ministério da Saúde. Segundo a Secretaria de Saúde de Goiás, a estrutura permite ampliar o número de leitos de UTI conforme a necessidade.
O governo federal também será responsável pelo aluguel e a manutenção da estrutura física do hospital. O acordo de cooperação entre os governos federal e de Goiás prevê o funcionamento do HCamp por quatro meses, podendo ser prorrogado. A assinatura do acordo é de 22 de maio. Inicialmente, a estimativa era de que as obras do hospital fossem concluídas em abril.
Rompimento de Caiado e Bolsonaro ganhou ampla repercussão à época
A coletiva de imprensa dada pelo governador de Goiás na manhã do dia 25 de março deste ano deixou a todos em polvorosa na ocasião. Isso porque, nela, Caiado usou de duras palavras para romper com o presidente da República, Jair Bolsonaro, chegando a citar a frase “a ignorância não é uma virtude” para se referir ao chefe do Executivo federal.
O rompimento havia sido feito após o pronunciamento feito pelo presidente, na noite de 24 de março, onde ele havia minimizado os efeitos do novo coronavírus, causador da covid-19, se referindo à doença como uma “gripezinha”. Na transmissão em rede nacional, Bolsonaro afirmou que “algumas poucas autoridades devem abandonar o conceito de terra arrasada” e que o “confinamento em massa” estabelecido pelos governadores deve chegar ao fim, se referindo às medidas de contenção da proliferação do novo coronavírus adotadas pelos chefes dos Estados.