Em decreto publicado nesta terça-feira (3/6), O Governo de Goiás declara situação de risco de emergência hídrica por 210 dias nas bacias hidrográficas do Alto Rio Meia Ponte e do Ribeirão Piancó. O objetivo, conforme a norma, é evitar qualquer tipo de racionamento no abastecimento da região metropolitana de Goiânia e Anápolis. O documento também traz medidas “para garantir o uso prioritário da água.”
Segundo a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), as primeiras medidas já foram, sendo o levantamento completo das barragens da bacia e o estreitamento das relações com produtores rurais de toda a região.
Outra medida, de acordo com a pasta, esta firmada junto à Agência Nacional de Águas (ANA), do governo federal, possibilitou a instalação de sistemas de medição pelo modelo acústico doppler e de duas estações hidrológicas, uma em cada estação de captação de água nos municípios de Inhumas e Goiânia, que farão análise em tempo real da vazão da água.
Decreto do Governo dá 30 dias comitês definirem diretrizes contra a crise hídrica em Goiás
Conforme o texto, as medições preliminares do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo) apontam para uma redução ainda maior no regime de chuvas para 2020, uma sequência da queda que registrada desde 2017.
O decreto estipula prazo de 30 dias para que os comitês das bacias hidrográficas do Meia Ponte e dos Rios Corumbá, Veríssimo e São Marcos definam as diretrizes, em acordo com a Semad, para o enfrentamento da crise hídrica em Goiás.
Plano de ações
De acordo com a pasta, o plano de ações foi dividido em três eixos. O primeiro, sob responsabilidade da Semad, fará a gestão da crise, definindo critérios de restrição de outorga, captação e, caso necessário, suspensão de abastecimento, estabelecerá a necessidade de instalação de sistemas de monitoramento telemétrico e de vazão, além de comunicar a sociedade e fiscalizar o cumprimento de medidas, entre outros.
O segundo eixo, sob comando da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), implementará medidas de apoio aos agricultores.
Já o terceiro diz respeito a ações realizadas pela Saneago, que incluem a redução das perdas físicas de água na adução e rede de distribuição, apoio às medições telemétricas feitas em pontos de captação de água, aprimoramento dos mecanismos de barragens, realizar campanhas de educação e conscientização, além do apoio aos programas de recuperação ambiental nas bacias hidrográficas.