Durante uma videoconferência realizada na manhã da última quinta-feira (28/5), com participação do governador Ronaldo Caiado e outras autoridades, o procurador-geral de Justiça de Goiás, Aylton Flávio Vechi, avaliou que ainda não é o momento ideal para a flexibilização do isolamento social instituído para conter o novo coronavírus no estado. Segundo ele, “os impactos na economia também serão sentidos no Estado, mas nós precisamos caminhar para salvar vidas”.
Vechi afirmou reconhecer o esforço dos comerciantes, industriais e “de todos aqueles que fazem com que a economia gire no Estado”, mas que entende que o momento não é o melhor para melhor para a flexibilização.
“Há relação muito próxima entre isolamento e estrutura do sistema de saúde para atendimento aos contaminados. Temos a percepção muito clara de que começamos cedo o combate e ainda não encerramos esse processo. Precisamos caminhar e vemos claramente pelos estudos que estamos longe do fim”, afirmou Vechi, em referência às primeiras medidas de isolamento no Estado, tomadas em 17 de março, e à conclusão do estudo da Universidade Federal de Goiás (UFG), mostrando que o isolamento ainda é necessário.
Procurador-geral de Goiás diz que MP vê com preocupação iniciativas para a flexibilização
Durante a videconferência, Aylton Vechi declarou que o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) vê com bastante preocupação as iniciativas de flexibilização. “Os impactos na economia também serão sentidos no Estado, mas nós precisamos caminhar para salvar vidas. A preservação da vida é nosso principal objetivo neste momento”, disse.
Segundo ele, a responsabilidade em conter o avanço da doença recai sobre todos: “O problema não é só do poder público. Ele envolve e exige sinergia de toda a sociedade. Todos somos partícipes desse processo e a responsabilidade de cada um, enquanto cidadão, presidente, dirigente de órgão, seja da iniciativa privada ou do poder público, reforça nosso objetivo de preservar vidas”, arrematou.