A Polícia Civil de Goiás (PCGO), através da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc), prendeu preventivamente na manhã desta quarta-feira (20/5), no município de Senador Canedo, um dos envolvidos num esquema de golpes pelo WhatsApp em que os criminosos se passavam por médicos ou dentistas parente das vítimas e pediam que eles fizessem transferências bancárias. As famílias chegaram a ter prejuízo financeiro entre R$ 20 mil e R$ 50 mil com os golpes.
A investigação que levou à prisão de um dos suspeitos durou cerca de duas semanas, e contou com o apoio dos policiais civis da 11ª Delegacia Distrital de Polícia (DDP) de Goiânia. Conforme a PCGO, um homem de 34 anos foi identificado. Ele era responsável por contratar as contas bancárias de diversas pessoas que foram utilizadas para recebimento dos valores resultantes dos golpes.
Ainda de acordo com a corporação policial, os suspeitos utilizaram diversos números de WhatsApp com fotos de médicos e dentistas em seus perfis. Em seguida, entravam em contato com os familiares desses profissionais, por meio de mensagens no mesmo aplicativo, em que afirmavam que eram aquelas pessoas das fotos e que haviam trocado de número.
Após alguma conversa, os estelionatários pediam que os familiares atualizassem o número de contato e, em seguida, afirmavam que necessitavam pagar uma dívida mas estavam impossibilitados de sair do trabalho. Assim, as vítimas, na maioria idosos e que se encontravam em quarentena devido à pandemia do coronavírus, sem contato físico com os filhos, acreditavam na história e realizavam as transferências bancárias, que na verdade iam para os golpistas.
Segundo a PCGO, as famílias das vítimas chegaram a ter prejuízo financeiro entre R$ 20 mil e R$ 50 mil com os golpes, ao transferirem o dinheiro solicitado para contas bancárias de Goiânia e Senador Canedo.
Suspeito de integrar esquema de golpes pelo WhatsApp possui extensa ficha criminal
De acordo com informações da PCGO, as investigações já apontaram indícios dos demais suspeitos de efetivamente utilizar os números de WhatsApp para ludibriar os profissionais da saúde. O resultado final da investigação, com a conclusão dos inquéritos policiais, deve ser apresentado nos próximos dias.
O autor preso na manhã desta quarta-feira possui extensa ficha criminal, e já foi condenado pelo crime de roubo. Ele inclusive cumpria pena no regime aberto, com uso de tornozeleira eletrônica, e será agora recolhido ao Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia onde seguirá à disposição do Poder Judiciário.
Já os demais identificados na investigação policial, que inclusive “alugaram” suas contas bancárias para consumação dos delitos, serão indiciados, assim como o preso de hoje, pelos crimes de estelionato e associação criminosa. Eles podem, se condenados, pegar até oito anos de reclusão, podendo a pena ser duplicada, pois existem vítimas idosas.