Foi solto nesta quinta-feira (14/5), o adolescente apontado como autor do atentado no Colégio Goyases, onde dois jovens morreram e outros quatro ficaram feridos. O adolescente, que seria responsável, estava internado no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Anápolis, onde cumpriu pena por três anos.
A Superintendência do Sistema Socioeducativo da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Seds) confirmou a soltura do adolescente, que foi feita por decisão do Juizado da Infância e Juventude.
Cerca de dois anos após o atentado, o inquérito da Polícia Civil concluiu que o autor sofria de transtornos psicológicos. Além disso, os policiais encontraram desenhos com apologia ao nazismo e conteúdo de extermínio.
O atentado no Colégio Goyases, em Goiânia
O atentado aconteceu no dia 20 de outubro de 2017, o adolescente tinha 14 anos e atirou diversas vezes contra os colegas de sala. Ele estudava no Colégio Goyases, no Conjunto Riviera, em Goiânia.
A arma utilizada (pistola calibre .40) pertencia a mãe, que é policial militar. Os disparos atingiram seis colegas, dois deles, ambos de 13 anos, não resistiram aos ferimentos e acabaram morrendo.
Entre os feridos, o caso mais grave foi o da estudante Isadora de Morais, na época com 14 anos. Ela ficou 54 dias internada após ter os dois pulmões perfurados e uma lesão na medula espinhal, que fez ela perder o movimento das pernas.
De acordo com inquérito policial, o menino já apresentava práticas violentas desde a infância e também gostava de histórias de massacre. Inclusive, na época do atentado, ele disse ter se inspirado nos casos de Columbine, nos Estados Unidos, e de Realengo, no Rio de Janeiro.
O adolescente também afirmou que sofria bullying, por isso teria cometido o crime. Entretanto, o inquérito levanta a hipótese de que este poderia ser um pretexto para o adolescente ter desejo de matar.
O adolescente ficou internado no Case por três anos, mas foi solto nesta quinta-feira (14/5), após decisão do Juizado.