Até o fim da manhã desta sexta-feira (15/5), Goiás já tem 80 cidades afetadas pela covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Ainda assim, o estado segue ocupando o último lugar no ranking de isolamento social no país, com taxa de apenas 37,15%. Os dados estão na plataforma Covid-19, do governo estadual, e são embasados em levantamento da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO). O Acre lidera com índice de 50,59% de isolamento.
O estado tem também, até o momento, 114 municípios com casos suspeitos da doença e 52 sem notificações suspeitas. Até o último dia 13, 65 municípios não tinham casos suspeitos da covid-19; 109 cidades com casos suspeitos 109; e 72 com casos confirmados.
Ainda segundo os dados, até a manhã de hoje, Goiás registra 1.548 casos confirmados da covid-19. Outras 14.173 notificações suspeitas seguem em investigação e 4.677 já foram descartados. Um novo boletim, com dados atualizados, deve ser divulgado durante a tarde desta sexta (15).
Mesmo com 80 cidades afetadas e mais de 1.500 casos de covid-19, falta adesão ao isolamento em Goiás
Um novo decreto estadual, com medidas mais duras de distanciamento social, já deveria ter sido publicado, conforme informado pelo governador Ronaldo Caiado (DEM). Porém, após uma série de reuniões com lideranças e prefeitos, ele sinalizou um recuo na publicação do documento, por falta de adesão ao isolamento.
Caiado afirmou que um novo decreto só será publicado quando houver consenso em relação ao tema e a adesão de pelo menos 70% da população. No entanto, ele reforçou que não não desistiu do decreto e que vai continuar conversando com as lideranças e todos os Poderes.
“Não vou decretar nada que não esteja em sintonia com a sociedade e com as lideranças de nosso Estado. Se não tivermos remando no mesmo sentido, não teremos sucesso no enfrentamento ao coronavírus. Essa decisão é solidária, precisa ser da comunidade, das lideranças, de todos, porque sabemos que, sem conscientização, ela não será cumprida”, ressaltou.
Crescimento de casos de covid-19 em Goiás
Durante entrevistas, o governador explicou que desde que o primeiro caso de covid-19 foi confirmado no país, foram necessários 39 dias para Goiás chegar aos 100 primeiros casos da doença. Atualmente, segundo ele, o número de 100 registros se tornou diário. “Antes de 19 de abril, a média era de menos de uma morte por dia. De lá para cá, a perda de vidas diárias tem aumentado, chegando a nove ontem”, completou.
Ainda nas entrevistas, o gestor estadual declarou que não aceitará a política de “lavar as mãos” diante da pandemia. “As consequências virão, sejam desemprego ou mortes, mas a responsabilidade também terá que ser assumida por todos. Não vou aceitar a tese de Pôncio Pilatos. Como governador, vou vocalizar o que a maioria estiver disposta a colocar em prática, mas vou continuar lutando pela vida”, advertiu.