Conforme boletim epidemiológico divulgado na tarde desta quinta-feira (14/5), pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), Goiás registrou 198 casos de coronavírus, em apenas 24 horas. O número é o novo recorde de infectados em um dia.
De acordo com a SES-GO, há 1.423 pessoas contaminadas pela doença no estado, quase 200 casos a mais em relação a quarta-feira (13/5), que contabilizou 1.225. No Estado, há 14.084 casos suspeitos em investigação. Outros 4.469 já foram descartados.
Não é só o número de pessoas infectadas que está aumentando, os óbitos também. Conforme dados do boletim, são 64 mortes confirmadas por covid-19 até o momento. Outras 30 estão em investigação e 148 mortes suspeitas já foram descartadas.
De acordo com o mapa da plataforma COVID-19, do Governo de Goiás, 79 municípios já contam com casos confirmados da doença, 116 com suspeitas de infectados e apenas 51 sem nenhum registro, número que vem diminuindo, pois até a tarde desta quarta-feira (13/5) eram 51 municípios sem infectados ou suspeitos.
Apesar de Goiás registrar 198 casos de coronavírus em 24 horas e superar recorde de infectados, Caiado recua na publicação de novo decreto
O governador Ronaldo Caiado sinalizou um recuo em relação à publicação do novo decreto em Goiás, que estava sendo aguardado para esta semana. Em entrevista à uma rádio local na manhã desta quinta-feira (14/5), Caiado afirmou que não há sentido em baixar um decreto que endurece as restrições ao comércio e ao fluxo de pessoas como forma de combate ao coronavírus se não está havendo adesão dos prefeitos e da população, e chegou dizer que, diante disso, o novo decreto seria uma “letra morta”.
Em entrevista à CBN Goiânia, o chefe do Executivo estadual, que já tinha pronto um novo decreto que voltaria com o fechamento temporário dos comércios do estado de Goiás e restringiria o fluxo de pessoas, declarou que não vê sentido em baixar um decreto que não terá adesão dos municípios e da população como um todo. “Para quê fazer um decreto que vai se tornar letra morta?”, indagou.
Segundo ele, “decreto é uma prerrogativa do governo, governo pode editar a hora que quiser”, mas que não é sua prática adotar uma postura que ignore o diálogo e o “sentimento da população”. Caiado enfatizou que o novo decreto só teria efeito com adesão geral de “todos os prefeitos e autoridades do estado, caso contrário não fica nada”.
Com isso, o governador sinalizou que o novo decreto fica sem data definida.