O governador Ronaldo Caiado sinalizou um recuo em relação à publicação do novo decreto em Goiás, que estava sendo aguardado para esta semana. Em entrevista à uma rádio local na manhã desta quinta-feira (14/5), Caiado afirmou que não há sentido em baixar um decreto que endurece as restrições ao comércio e ao fluxo de pessoas como forma de combate ao coronavírus se não está havendo adesão dos prefeitos e da população, e chegou dizer que, diante disso, o novo decreto seria uma “letra morta”.
Em entrevista à CBN Goiânia, o chefe do Executivo estadual, que já tinha pronto um novo decreto que voltaria com o fechamento temporário dos comércios do estado de Goiás e restringiria o fluxo de pessoas, declarou que não vê sentido em baixar um decreto que não terá adesão dos municípios e da população como um todo. “Para quê fazer um decreto que vai se tornar letra morta?”, indagou.
Segundo ele, “decreto é uma prerrogativa do governo, governo pode editar a hora que quiser”, mas que não é sua prática adotar uma postura que ignore o diálogo e o “sentimento da população”. Caiado enfatizou que o novo decreto só teria efeito com adesão geral de “todos os prefeitos e autoridades do estado, caso contrário não fica nada”.
Com isso, o governador sinalizou que o novo decreto, cuja publicação era esperada para hoje, quinta-feira, se ainda sair, fica sem data definida.
Caiado havia prometido mais rigidez para novo decreto
Depois de dizer em entrevista à GloboNews, na última segunda-feira (11/5), que pretendia adotar o isolamento intermitente como meio de frear o avanço do novo coronavírus em Goiás, o governo Ronaldo Caiado afirmou na manhã de terça-feira (12/5) que o novo decreto a ser baixado no estado seria rígido e provocaria um fechamento mais abrangente dos comércios.
O governador declarou que era preciso “conciliar o que o Estado está propondo com eficiência e resultados junto à população”. Segundo ele na ocasião, quando só algumas áreas são flexibilizadas começa haver reclamações de outras que não foram atingidas pelo abrandamento das restrições, e que o novo decreto seria rígido e mais abrangente, provocando um “fechamento significativo das atividades econômicas, mantendo só o que é essencial”, como serviços relativos à saúde e alimentação.