O novo decreto estadual, a ser divulgado nos próximos dias pelo Governo de Goiás e que determinará a volta do bloqueio do comércio no estado, liberando apenas atividades essenciais, teve repercussão nacional e ganhou destaque de grandes veículos de comunicação. No início da semana, o governador Ronaldo Caiado adiantou que o novo decreto “será rígido” e que é muito melhor seguir por esse caminho “do que perder vidas”.
A VEJA enfatizou que o novo decreto preparado por Caiado vai alcançar “ao menos 30 cidades do estado, incluindo a região metropolitana de Goiânia, entorno do Distrito Federal e algumas cidades à beira de rodovias importantes e movimentadas”, e que a medida visa “combater o avanço do novo coronavírus que já infectou mais de mil pessoas em Goiás, matando 52 delas”.
A revista também menciona a divergência do governador com o presidente da República, e confirma que Caiado não permitirá a reabertura de academias, o que havia sido liberado por Bolsonaro.
Já o site UOL noticiou que Caiado deixou clara sua postura contrária a de Bolsonaro no que diz respeito às medidas adotadas contra o coronavírus e que o governador “está preocupado com a queda no índice de isolamento social no estado”. O site também destaca o rompimento de Caiado com Bolsonaro, e afirma que “o governador de Goiás fez questão de reforçar que pensa diferente do presidente quando o assunto é a pandemia da covid-19”.
Novo decreto de Caiado deve vigorar por até 15 dias a partir de sua publicação
Conforme adiantado por Caiado, o novo decreto, que será publicado até quinta-feira (14/5), vai liberar apenas atividades essenciais como hospitais, farmácias, supermercados e indústrias de alimentos. O documento deve vigorar entre 10 e 15 dias.
Em série de entrevistas, Caiado reforçou que as medidas de distanciamento social serão rígidas. “Agora não adianta voltarmos com ações intermediárias. É muito melhor [ser rígido] do que perder vidas”, declarou. A nova edição deve sair até quinta-feira (14/5).
O estado se destacava com 70% no ranking de isolamento social, considerado medida essencial no combate à propagação do novo coronavírus. Atualmente, segundo dados da empresa In Loco, Goiás ocupa a última posição, com apenas 37%.