Durante a pandemia do coronavírus, uma das maiores preocupações, de acordo com o governador Ronaldo Caiado (DEM), é movimentação nos terminais e ônibus do transporte público de Goiânia e Região Metropolitana. Para auxiliar no problema, o Governo de Goiás propôs comprar R$ 5 milhões em passagens antecipadas, para que as empresas possam usar o dinheiro como capital de giro para diminuir a lotação.
Em entrevista, nesta terça-feira (12/5), Caiado explicou que as passagens seriam utilizadas pelo Estado em um outro momento, dentro de um prazo de seis meses. “Pedi a toda minha assessoria jurídica e à procuradora do Estado para verificar a viabilidade legal e levar essa proposta ao setor”, detalhou.
Escalonamento passa a ser obrigatório em Goiás
A Prefeitura de Goiânia já informou que o escalonamento para uso dos ônibus será obrigatório. Inicialmente, a medida era apenas uma recomendação, mas como muitas empresas não aderiram aos horários, causando, consequentemente, aglomeração de pessoas nos terminais, o decreto será editado. Os estabelecimentos poderão ser punidos, em caso de descumprimento.
Ocupando o último lugar no ranking de isolamento social no país, Goiás pode ter novas medidas de restrição anunciadas nos próximos dias. Ainda conforme o governador, o novo decreto deve vigorar entre 10 e 15 dias e vai permitir funcionamento de apenas atividades essenciais, como hospitais, farmácias, supermercados e indústrias de alimentos.
“Teremos uma ação bem restritiva para termos um isolamento que garanta menor percentual de contaminação, e para não termos amanhã uma sobrecarga e ausência de leitos para atender as pessoas com quadros graves”, antecipou Caiado.
Lotação nos ônibus e isolamento baixo acende alerta em Goiás
Segundo o gestor estadual, o novo decreto leva em consideração um mapeamento da condição sanitária de cada um dos 246 municípios e que, inicialmente, o foco das medidas editadas será as regiões mais críticas e com avanço acentuado novo coronavírus, causador da covid-19.
“Sabemos que as cidades maiores são mais penalizadas, por terem maior fluxo sobre ela, consequentemente maior percentual de contaminação. Assim, a abrangência do quadro mais restritivo será, num primeiro momento, nos grandes eixos: capital, região metropolitana de Goiânia, Entorno do Distrito Federal e cidades ao longo de rodovias federais”, reforçou Caiado.