A Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC), prendeu uma quadrilha que utilizava dados de vítimas para fazer empréstimos, em Goiás.
Conforme informações, o flagrante aconteceu na última quarta-feira (6/5), momento que quatro pessoas foram presas pela prática dos crimes de estelionato e associação criminosa.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações começaram depois que uma vítima denunciou que teve os dados utilizados para abrir uma conta bancária virtual em uma instituição financeira e conseguiu empréstimo de R$ 4 mil em outra, mas não havia solicitado.
Diante disso, os investigadores começaram as diligências e identificaram um suspeito, que já possuía diversas passagens policiais pela prática dos crimes de estelionato, uso de documento falso, falsidade ideológica e outros. Ele tinha ainda dois mandados de prisão expedidos pelo Juízo da Comarca de Goiânia, aguardando cumprimento.
A prisão da quadrilha que utilizava dados de vítimas para fazer empréstimos, em Goiás
De posse das informações do suspeito, a Polícia Civil conseguiu chegar até o endereço do suspeito, local onde estavam outras três pessoas. Durante buscas na residência, os policias encontraram vários documentos que comprovavam a prática da fraude, inclusive contra a vítima que registrou a ocorrência.
Além disso, também foram verificados diversos indícios de outras pessoas que também poderiam ter sido vítimas dos mesmos crimes. No local foi encontrado uma espécie de “kit vítima”, que continha um chip de telefone, dados pessoais e um número de conta digital em nome das vítimas. Segundo a PC, caso os golpes fossem consumados o prejuízo seria de cerca de R$ 65 mil reais. Também foram apreendidos aparelhos eletrônicos e outros documentos, que serão submetidos a análise.
Os presos, sendo três homens e uma mulher, foram encaminhados para a Deic e apresentados à autoridade policial. Posteriormente, todos foram recolhidos à Delegacia de Capturas, onde estão à disposição da Justiça. De acordo com a Polícia Civil, as investigações continuam e novas prisões podem ocorrer a qualquer momento.
Como funcionava o golpe aplicado pela quadrilha
A quadrilha abria uma conta digital em nome da vítima, contratava uma instituição financeira diferente, que trabalha com empréstimos, e solicitava um crédito no valor de até R$ 5 mil em nome da vítima.
O valor então era transferido para a conta digital aberta e o saldo era repassado para contas laranjas, por meio de TEDs, boletos bancários, pagamentos e outros. O objetivo era distribuir todo o valor, que jamais seria pago.
A Polícia Civil estima que o golpe rendia cerca de R$ 20 mil por semana para os golpistas.