O governador Ronaldo Caiado (DEM) afirmou que Goiás deve adotar o isolamento intermitente, para conter a pandemia do novo coronavírus, causador da covid-19. Com essa medida, haverá períodos de fechamento mais rígido alternados com períodos de flexibilização, com base nas estatísticas observadas em cada região. A declaração foi dada durante entrevista à GloboNews, na tarde desta segunda-feira (11/5). Conforme último boletim, o estado tem 1.100 casos confirmados de covid-19 e 49 mortes.
O estado, que ocupava o primeiro lugar no ranking de isolamento social no país, hoje, detém a pior taxa, com apenas 37,44%, segundo pesquisa da empresa In Loco, que utiliza dados de localização de celulares. Questionado sobre os índices, Caiado defendeu a adoção da nova estratégia para conter o avanço do vírus.
“É um momento delicado. Temos que ter muita habilidade, compreensão e noção do que é prorrogar um processo de quarentena”, disse o governador. Ainda de acordo com ele, com resultados obtidos com a restrição inicial e, em seguida, a abertura de alguns setores, o Governo estuda agora um novo isolamento nas regiões mais preocupantes e a flexibilização nas cidades com casos já descartados.
Isolamento intermitente deve ser adotado em regiões mais preocupantes de Goiás, explica Caiado
Dados do Governo de Goiás mostram que os municípios e regiões mais preocupantes, com maior risco de contaminação são Goiânia, a Região Metropolitana da capital, o entorno de Brasília e cidades próximas às rodovias federais. “Nós vamos agir em um sistema de conter e de restringir mais nessas regiões, e vamos calibrando a necessidade de acordo com os dados que vamos recebendo diariamente”, declarou Caiado.
Com essa medida, ainda conforme o gestor estadual, Goiás poderá alternar períodos de isolamento mais rígido e períodos de flexibilização de acordo com os dados de avanço e de contenção da pandemia.
Durante entrevista, Caiado também foi questionado sobre o início do atendimento no Hospital de Campanha de Águas Lindas, localizado no Entorno do Distrito Federal, uma das regiões mais preocupantes do estado. Em resposta, ele explicou que a gestão do Hospital não foi oficialmente transferida ao Governo de Goiás, processo que deve ser feito pelo Governo Federal.
“Nós encaminhamos seis ofícios, e recebemos, na última sexta-feira (8/11), um ofício dizendo que nós já poderíamos chamar a OS (organização social) para poder prestar o serviço”, explicou Caiado. A OS já está selecionada e o governo estadual segue aguardando a transferência da unidade de saúde para dar início aos atendimentos aos pacientes de covid-19 na região do Entorno.