Duas irmãs, Cláudia Proença França e Cleidiane Proença França, foram presas em Aparecida de Goiânia, na última quarta-feira (6/5), por participação na morte de um delegado da Polícia Civil de Goiás (PCGO) durante um assalto, ocorrido em 29 de março de 2006, na Cidade Jardim, em Goiânia.
Segundo informações da PCGO, as mulheres foram condenadas a uma pena de 13 anos e 4 meses de reclusão, em regime fechado, pela participação no latrocínio, roubo seguido de morte, praticado em desfavor de Virgenor Florêncio Ramos. O crime ocorreu no momento em que o delegado chegava a um banco.
Irmãs acusadas por morte de delegado durante assalto moravam em Aparecida de Goiânia
Os mandados de prisão condenatória foram expedidos, em novembro de 2017, pelo juízo da 4ª Vara Criminal de Crimes Punidos com Reclusão de Goiânia. Desde então, a Polícia Civil fazia buscas pelas condenadas, que já eram consideradas foragidas da Justiça.
Conforme as apurações, as irmãs passavam a maior parte do tempo no município de Porto Seguro, na Bahia, onde exerciam atividades informais em barracas de praia, no entanto, residiam atualmente em Aparecida de Goiânia, onde foram detidas.
As prisões foram cumpridas por policiais civis do Grupo de Repressão a Roubos (GARRA), núcleo pertencente à Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC).
Delegado é assassinado durante assalto, em Goiânia
De acordo com informações da União Goiana Policiais Civis (Ugopoci), Virgenor Florêncio Ramos, de 53 anos, foi assassinado na manhã do dia 29 de março de 2006, ao reagir a uma tentativa de roubo nas imediações da agência do Banco do Brasil na Avenida Pio XII, Cidade Jardim. Informações apontavam que o crime foi cometido por dois homens que ocupavam uma motocicleta Honda CG Titan Azul e que, conforme levantamentos feitos pela PC, estariam monitorando o comportamento de clientes de bancos da região.
Um dos acusados, Luiz Antônio de Amorin Neto, 29 anos, foi morto durante a troca de tiros com o delegado. O outro suspeito escapou em um moto Honda Biz, roubada de uma mulher que estava nas proximidades. Virgenor teria feito o saque de R$ 6,3 mil correspondente ao salário.
O delegado tinha 28 anos de carreira na Polícia Civil. Neste período trabalhou em delegacias de vários municípios, inicialmente como agente de polícia e, por oito anos, como delegado. Ele era natural de Arraias, no Tocantins, e deixou uma esposa e três filhos.