Um caminhoneiro que trafegava pela BR-060 flagrou o exato momento em que uma pessoa desceu de um carro de passeio e descartou centenas de frascos de coleta de sangue às margens do lago João Leite, na reserva do Parque Ecológico de Goiânia. O caso ocorreu na manhã desta terça-feira (5/5).
Após o flagrante, o motorista acionou a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Segundo relato, um veículo de passeio que seguia a sua frente, parou no acostamento quando passava na região da reserva ecológica do João Leite e descartou na vegetação diversos tubetes de coleta de materiais utilizados em laboratórios.
No local, os agentes constataram que alguns dos tubos ainda continham sangue. A Vigilância Sanitária foi acionada parra recolher o material, que pode conter alto risco biológico e ambiental, devido ao risco de conter patologias em sua composição e ao local sensível, próximo ao lago, onde foi rejeitado.
Anvisa tem regras para descarte de frascos de coleta de sangue e outros materiais hospitalares
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) todo o material recolhido em hospital como luvas, seringas, máscaras e remédios, deve ser descartado em recipientes apropriados, com a identificação correta. Conforme a resolução, os resíduos hospitalares são divididos em cinco grupos, sendo: potencialmente infectantes, químicos, rejeitos radioativos, resíduos comuns e perfurocortantes.
Além disso, as empresas responsáveis pela coleta, transporte e descarte também devem seguir uma série de normas estabelecidas pela Anvisa. Os funcionários devem estar com vestimentas apropriadas, como luvas e máscaras. As normas estabelecidas pela Anvisa valem para hospitais, clínicas, consultórios, laboratórios, necrotérios e demais estabelecimentos de saúde, sejam públicos ou privados.
Empresa é autuada por reciclagem irregular de lixo hospitalar
Em março deste ano, uma operação da Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO) e da Agrodefesa prendeu um homem suspeito de reciclagem e descarte irregular de lixo hospitalar em uma companhia de Anápolis, na região central de Goiás.
Conforme informações, o local possui licença para funcionamento, mas está em condições precárias. Além disso, há produtos que não podem ser reutilizados como o lixo hospitalar, embalagens de óleos lubrificantes de motor e agrotóxicos. O local onde as embalagens estavam armazenadas não possui sistema de impermeabilização, o que faz o resíduo ter contato com o solo podendo gerar uma contaminação.
O proprietário da empresa contou que o todo o material irregular seria triturado e depois vendido para uma companhia em São Paulo, que utiliza o material para fabricação de tubos de PVC. Diante dos fatos, ele foi preso e autuado pela prática do crime de poluição.