Os contribuintes de Goiás que negociaram débitos referentes ao Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e Imposto Sobre Transmissão Causa Mortis e. Doações (ITCD) têm somente até esta segunda-feira (27/4) para realizarem o pagamento. Segundo a Secretaria de Estado da Economia de Goiás, os débitos de impostos, cujo prazo de vencimento acaba hoje, ultrapassam as 440 mil parcelas.
De acordo com dados da Superintendência de Recuperação de Crédito (SRC), 25.471 parcelas irão vencer nesta segunda, o que representa um universo de 18.908 contribuintes que optaram pela negociação de suas dívidas junto à Receita Estadual.
Ao todo, são 444 mil parcelas de débitos tributários que equivalem a quase R$1 bilhão da carteira de créditos da Secretaria da Economia. Segundo o superintendente de Recuperação de Créditos da Economia, Leonardo Oliveira Meneses, a SRC observa ainda que neste momento, 3.686 contribuintes correm o risco de perder o parcelamento caso não efetue o pagamento de pelo menos uma das parcelas vencidas na próxima semana.
Caso o contribuinte deixe de quitar os débitos negociados, na dada do vencimento, perderão os descontos nas multas (98%) e nos juros (50%).
Goiás teve perda significativa na arrecadação de tributos
Os efeitos do novo coronavírus, assim como as medidas necessárias para a contenção de sua propagação, já estão sendo sentidos de forma mais sólida na economia. Segundo o governador Ronaldo Caiado (DEM), o Estado de Goiás teve, até meados de abril, uma queda de 31% na arrecadação, com grande parte dos prejuízos oriundos da perda de ICMS.
As projeções da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial de Goiás (Adial) para a Economia de Goiás também não são lá muito animadoras. Segundo a associação, devido aos prejuízos ocasionados pela pandemia do novo coronavírus, o estado só deve retomar sua normalidade no ano de 2022.
De acordo com a Adial, independente dos números finais da pandemia, 2020 será perdido na economia goiana, e terá PIB negativo, sendo uma recuperação total possível somente no ano de 2022.