É muito comum associarmos as dores a situações de estresse físico, como postura inadequada, movimentos repetitivos, carregar muito peso ou movimentos bruscos. Mas, estes fatores isolados nem sempre são as verdadeiras causas dos sintomas. A Microfisioterapia é uma técnica de toque que trouxe uma nova abordagem sobre a dor. Segundo fisioterapeuta do Instituto UNIO de Saúde Integrada, Thiago Mustafá, em uma sessão é possível identificar quais são as situações de estresse vividas pela pessoa e que estão relacionadas a cada sintoma. Além disso estimulamos o corpo a liberar toda a memória e tensão gerada pelo estresse.
“Muitas vezes são as situações de estresse que acontecem repetidas vezes, o “peso” emocional de uma situação que carregamos e situações inesperadas são as verdadeiras causas de nossos sintomas, sejam eles uma dor na coluna, ombros ou cabeça. Os efeitos do estresse no nosso organismo são inúmeros, e podem não somente gerar dor, mas também várias doenças como gastrites, alergias, rinites, ansiedade, pânico, entre outras. Dependendo da forma como reagimos, o corpo manifesta algum sintoma”, explica Thiago.
Essa memória construída pelo nosso organismo pode ser até mesmo hereditária e a palpação do profissional em regiões específicas identifica pontos que perderam sua vitalidade. Além disso, a história clínica do paciente ajuda a identificar o trauma que originou a doença ou os sintomas que atrapalham a qualidade de vida.
Sentimentos que causam dores mais comuns
Geralmente, sentimentos de insegurança ou impotência frente a uma situação causam dores na região cervical ou no trapézio. Quando estamos muito sobrecarregados, sentimos dores nos ombros. Na parte da coluna lombar, podemos associar ao sentimento de sobrecarga e existem inúmeras nuances, mas essas são as dores mais comuns para a maioria das pessoas. “Sentir medo de morrer, por exemplo, afeta o trato respiratório, as vias aéreas superiores e os alvéolos pulmonares, sintomas atualmente ligados ao coronavírus, por exemplo. É preciso tomar cuidado, claro, mas temos que evitar o sentimento de medo”, salienta Thiago Mustafá.
O trabalho do fisioterapeuta, nesses casos, é identificar padrões no organismo da pessoa, como rinite, dor, bronquite, gastrite, etc. “Se identificamos quais situações ela viveu ao longo da vida ou o que está vivendo e que esteja relacionado com o sintoma, com a microfisioterapia conseguimos ajudar o corpo a liberar a tensão e, automaticamente, ele tende a se reparar e entrar em processo de autocura frente ao sintoma”, explica.
Por que a preocupação pode causar outras dores?
“Nosso organismo e, principalmente, o nosso cérebro tem alguns mecanismos de modulação de dor. E é ele quem gerencia nossas emoções – através do sistema nervoso autônomo, central e periférico -, e coordena todo esse processo. Por isso, pode ser que a gente sofra uma lesão mecânica, como má postura ou realização de movimentos inadequados durante muito tempo e que isso não cause dor. Porém, basta experimentarmos alguma situação de estresse, medo, insegurança, preocupação ou ansiedade em conjunto e, aí sim, o corpo pode manifestar aquele sintoma. Geralmente é isso que acontece, mas as pessoas não sabem disso porque os profissionais ficam focados no fator mecânico quando é importante avaliar o fator emocional”, finaliza.
Sobre o Instituto UNIO
Com uma equipe multiprofissional, a missão da clínica é promover saúde, levando em conta o ser integral, contemplando corpo, mente e energia. O equilíbrio e a individualidade biológica de cada paciente é colocado no centro da experiência de imersão para transformá-lo em condutor da sua saúde, através da compreensão do autocuidado e do impacto do seu estilo de vida para sua longevidade. Acolhimento, humanização, interdisciplinaridade, sinergia e disseminação de conteúdo são valores da clínica localizada no Setor Marista com médicos, psiquiatra, nutricionista, psicólogos e terapeutas.