Em coletiva de imprensa dada na manhã desta segunda-feira (20/4), o governador Ronaldo Caiado avaliou a situação de Goiás no contexto da pandemia do novo coronavírus e declarou que o estado “está melhor do que o projetado como ideal”, graças, segundo ele, às medidas de isolamento adotadas.
Ao lado de outras autoridades como o vice-governador Lincoln Tejota, o secretária da Saúde, Ismael Alexandrino, e do secretário do Desenvolvimento Econômico, Adriano Rocha Lima, Caiado comemorou os números obtidos por Goiás até agora no combate ao novo coronavírus, causador da Covid-19. Segundo ele, as medidas dos decretos estaduais, que instauraram o isolamento social e a interrupção temporária de diversas atividades comerciais, surtiram efeito e fizeram com que o estado tivesse uma baixa curva de transmissão do coronavírus.
Entretanto, Caiado chamou a atenção para as circunstâncias que envolvem o novo decreto publicado (veja as novas regras aqui), que flexibiliza algumas atividades comerciais. O chefe do Executivo estadual mencionou a situação dos municípios que, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), passaram a ter o poder de abrandar, ou não, as restrições comerciais em suas regiões.
De acordo com o governador, “as pessoas e os municípios precisam ter a responsabilidade, e não podem liberar as atividades sem ter um plano de contingência e uma análise epidemiológica para ver se não existe um progresso acima da média aceitável de pacientes infectados”. “Pra fazer uma concessão, ele [o gestor municipal], precisa ter um compromisso com o controle da disseminação do vírus”, declarou.
Medidas de flexibilização do novo decreto serão avaliadas todos os dias em controle do avanço do coronavírus, informou Caiado
O governador Ronaldo Caiado voltou a enfatizar que as medidas de flexibilização que passam a vigorar em Goiás com o novo decreto não são definitivas. De acordo com ele, “a flexibilização será avaliada todo dia, cedo e à noite, de acordo com a evolução da curva” de transmissão. Caso ela vá acima da média, o Estado irá recuar das medidas que liberaram as atividades comerciais.
Caiado também reiterou a importância do isolamento social, que está mantida, e do uso de máscara, que agora é obrigatório para a população.
O secretário do Desenvolvimento Econômico, Adriana Rocha Lima, também falou sobre a flexibilização das atividades comerciais, e explicou o porquê de a medida não ser geral. “É como uma panela de pressão. Se você simplesmente abre ela, ela explode. Você tem que ir aos poucos retirando o ar”, comparou.
“A partir do momento em que você implementa a abertura gradual dessas atividades [econômicas], você tem que monitorar se não vai sair de controle a curva de transmissão”, disse.