No último domingo (19/4), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), publicou no Diário Oficial de Goiás novo decreto estadual que flexibiliza o comércio no Estado. Em coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (20/4), Caiado afirmou que a “curva de crescimento da propagação do coronavírus no Estado está melhor do que projeção ideal”, possibilitando a flexibilização. Apesar disso, o isolamento social continua.
Caiado foi categórico: o isolamento social continua e o Estado terá protocolos rígidos para a retomada, responsável e aos poucos, das atividades econômicas.
Após 30 dias do início da quarentena em Goiás, como medida preventiva para conter o avanço do novo coronavírus no Estado, a curva de crescimento da doença encontra-se em patamares menores do que o projetado inicialmente.
“Se hoje temos os melhores índices do País é porque fomos o primeiro Estado a decretar a quarentena. O achatamento da curva nos permitiu, agora, abrir, de maneira gradual, parte do comércio e da indústria, e também estruturar melhor nossa rede para atendimento aos pacientes”, sublinhou o governador.
Para quem reclamou da não liberação completa do comércio, o governador respondeu: “Propor roleta-russa com a cabeça de trabalhador comigo não cola. Serei um defensor intransigente da vida, porque ela não tem preço”.
Isolamento social: abertura gradual
Também presente na coletiva de imprensa, o secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, destacou que todas as medidas foram desenhadas de acordo com critérios científicos. “A abertura do isolamento também precisa acontecer de forma gradual para não corrermos o risco de jogarmos fora todo o trabalho executado até o momento”, enfatizou.
Por fim, diferente dos decretos anteriores, o atual não fala em prazo de término para a quarentena. A procuradora-geral do Estado, Juliana Diniz, explicou que as liberações graduais das atividades econômicas serão feitas a partir do monitoramento de dados. Ou seja, se as taxas de contaminação do coronavírus continuarem caindo, a tendência é pela flexibilização. Em contraste, se o resultado for do contrário, o governador poderá recrudescer as medidas.