Nossa querida cidade de Goiânia, que atualmente é casa para quase 1,5 milhão de pessoas, ainda é bem jovem quando comparada a outras centenárias do país. Apesar disso, seus 86 anos de idade já lhe renderam inúmeras histórias e conquistas, entre elas, o título de segundo município mais populoso de toda a região Centro-Oeste, atrás apenas do Distrito Federal, segundo estimativa de 2018 do IBGE. Mas é claro que nem sempre foi assim. Você já parou para pensar em como era Goiânia antigamente?
A história de Goiás é matéria carimbada no currículo escolar, passando também pelos primeiros passos da construção de Goiânia. No entanto, com o passar do tempo acabamos nos esquecendo de como tudo aconteceu e é sempre importante saber um pouquinho mais sobre o lugar em que moramos.
Se você ficou curioso para descobrir como era Goiânia no início de sua trajetória, podemos ajudar! Aqui contaremos um pouquinho sobre como tudo aconteceu, mostrando também algumas imagens do processo de construção e de algumas estruturas, onde o estilo de Art Déco era predominante e ainda hoje é possível encontrá-lo.
Veja como tudo começou e saiba como era Goiânia
Fundada em 24 de outubro de 1933, é curioso pensar que Goiânia foi projetada para abrigar 50 mil pessoas e hoje conta com um número muito maior que isso, conforme mencionado no início da matéria. Para se ter ideia, a cidade conta com uma extensão de aproximadamente 740 km², possuindo uma geografia contínua, sem muitos morros ou baixadas e com terras planas em boa parte do território.
Para saber como era Goiânia, é preciso entender também as razões que motivaram sua fundação. A cidade foi planejada para ser a capital política e administrativa de Goiás, em meio ao movimento da “Marcha para o Oeste“, que foi uma política desenvolvida pelo então presidente Getúlio Vargas, incentivando o desenvolvimento e a ocupação da região Centro-Oeste do país.
A amizade entre Vargas e Pedro Ludovico Teixeira fez com que o presidente o nomeasse como interventor do estado de Goiás, fato que realmente contribui para acelerar o crescimento da região. Pedro Ludovico iniciou um projeto de transferência da capital do estado, que começou a ser amplamente discutido na época, mas nem sempre era levado a sério.
No ano de 1932, organizou uma comissão que ficaria responsável por analisar o território e escolher qual seria o melhor lugar para a nova capital. Considerando a atividade pecuária, a então cidade de Campinas foi a escolhida.
No ano seguinte, em um local selecionado por Attílio Corrêa Lima, onde hoje se encontra o Palácio das Esmeraldas, foi lançada a pedra fundamental, que marcou os primeiros passos para a construção da nova capital. O plano urbanístico da cidade começou a sair do papel, com diversos prédios se erguendo ao redor de Campinas, que como sabemos, mais tarde seria integrada à Goiânia.
Não demorou muito para que a cidade começasse a crescer mais do que o esperado. Seu desenvolvimento foi ainda mais acelerado a partir de 1960, sendo que pouco depois, conseguiu atingir a marca de 1 milhão de habitantes. Attílio foi o arquiteto e urbanista responsável pelos projetos iniciais da cidade. E para definir um conceito de como era Goiânia, encontrou na Art Déco uma alternativa para exteriorizar o progresso e modernidade que a cidade representaria.
Os primeiros edifícios e monumentos da cidade eram compostos de muita geometria e sofisticação, trazendo um conceito inovador bem diferente daquilo que era comum na época. Hoje, os monumentos e prédios da Praça Cívica, o Grande Hotel, o Teatro Goiânia, o Museu Pedro Ludovico e tantos outros edifícios preservados da época, são nossos maiores patrimônios históricos e culturais, que inclusive, foram tombados como tal pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Para saber mais e ter acesso a serviços da cidade, clique aqui e acesse o site da prefeitura de Goiânia.