Diante da pandemia mundial, os presos de Goiás começaram a fabricar máscaras para combater o coronavírus. A ação é da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), por meio da Gerência de Produção Agropecuária e Industrial (Gepai) da instituição da Superintendência de Reintegração Social e Cidadania (Supresc).
Até o momento, presos de duas unidades estão trabalhando na fabricação de máscaras. Na última quarta-feira (18/3), a produção começou na Unidade Prisional Regional (UPR) de Orizona. Já na última segunda-feira (23/3), foi no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, onde foi instalado um ponto de produção do produto.
De acordo com o gerente da Gepai, Moacir Ferreira, outras unidades devem começar a fabricação nos próximos dias, tendo uma produção diária de 500 unidades diárias. “Até a próxima quinta-feira (26/3) a Penitenciária Feminina de Luziânia também começará a fabricar esse tipo de insumo. A perspectiva de produção é de 500 unidades diárias, por localidade, mas vai depender também da expertise e aprendizado de cada detento”, afirma.
Além disso, a produção também será implantada em breve no presídio de Quirinópolis, pois, assim como as outras, são polos fabris. “Estamos utilizando essas unidades prisionais porque elas são polos fabris, têm confecção”, afirma.
Presos de Goiás que fabricam máscaras para combater coronavírus fazem parte da atividade de reintegração social
De acordo com diretor-geral de Administração Penitenciária, coronel Agnaldo Augusto da Cruz, a utilização da mão de obra carcerária neste momento reúne a atividade de reintegração social com a necessidade social.
Conforme informações, a distribuição das máscaras será feita de forma descentralizada, por regional. Até o momento, 35 detentos estão envolvidos no processo de produção, mas deve chegar a 50 até o final da semana.
Os materiais são entregues aos servidores plantonistas e também aos profissionais de saúde, em ação de combate à transmissão pelo coronavírus. “Em breve, cada servidor, ao entrar no plantão, receberá uma máscara ou duas para executar seus trabalhos”, afirma o gerente da depai.
Os materiais básicos para produção dos insumos são doados pelo Sindicato dos Servidores do Sistema de Execução Penal do Estado de Goiás (Sinsep-GO) e empresas conveniadas à DGAP.