Se você está em busca de paz interior e uma reconexão com a natureza, a Cachoeira dos Dragões é um destino certo. Localizada a 40 km do centro de Pirenópolis, a região conta com 8 belíssimas cachoeiras, em uma trilha cheia de energia e contemplação, bem no meio do nosso cerrado. Conhecida como Várzea do Lobo, a região ainda abriga o Mosteiro Zen Budista Eisho-Ji.
Para ter acesso é preciso percorrer cerca de 25 km de asfalto e outros 15 km de estrada de chão. É importante ter bastante cuidado ao dirigir por ali, já que a estrada é de pedreira e não costuma estar em bom estado, apresentando diversos buracos e irregularidades.
Para se ter ideia, a estrada passa dentro de um rio, que pode encher em períodos chuvosos e acabar impedindo o tráfego. Portanto, nos dias em que há risco de chuva, é melhor adiar o passeio.
Ao chegar na fazenda, o percurso que liga as 8 cachoeiras conta com 4,5 km de extensão (ida e volta), passando por campos rupestres, matas, campos cerrados e campos úmidos, e veredas incríveis. Vale lembrar que o caminho não é nada fácil, fazendo com que o passeio não seja apropriado para crianças ou idosos. O ideal é sempre ter o auxílio de um guia, evitando acidentes e possível perdas pelo trajeto.
Chegando no local em que se concentra a Cachoeira dos Dragões, os visitantes encontram poços propícios para banho em todas as quedas d’água, formadas por águas cristalinas e que garantem um visual incrível. O cenário é cercado por misticismo e paisagens quase surreais, que garantem uma experiência riquíssima para quem decide embarcar na aventura.
Conhecendo o misticismo da Cachoeira das Dragões
Para conhecer as 8 quedas d’água que formam a Cachoeira dos Dragões, é importante saber um pouquinho mais sobre a trilha e todo o misticismo que contempla o lugar. Não é à toa que a região conta esse nome, sendo possível explicá-lo a partir de ensinamentos do budismo.
Abaixo é possível conhecer um pouquinho sobre as cachoeiras do lugar e entender a razão para terem ganhado tais nomes. Tudo é baseado na explicação dada pelo Mestre Ryotan Tokuda, fundador do Mosteiro Zen Eisho-Ji.
Tudo começa pela cachoeira Portão do Dragão. Segundo a mitologia, em algum momento, uma carpa começa a nadar contra a corrente, subindo por cascatas e, no topo, transforma-se em um dragão.
O Portão corresponde ao Mosteiro Zen e quem consegue passar por ali se transforma em um dragão, num verdadeiro monge zen.
A segunda cachoeira é a do Dragão Azul. Segundo as lendas da região, esse é o dragão que mora no fundo das águas, onde ninguém é capaz de chegar a tamanha profundidade.
A terceira é a Pérola do Dragão. Dizem que o dragão do lugar guarda uma pérola preciosa, negra e rara, dentro de sua mandíbula. Isso simboliza toda a natureza de Buda e para conseguir a pérola, é preciso ter coragem! Vale lembrar que a cachoeira é bem profunda.
A quarta cachoeira da trilha é a Nuvens do Dragão, que também possui uma boa história para contar. Ali é o lugar de quem conseguiu pegar a pérola do dragão e poderá ver muitas nuvens aparecendo. O dragão sai da água envolto por elas e começa a subir com destino aos céus. Ninguém sabe o que realmente acontece. Assim, a pessoa consegue a realização de sua verdadeira natureza.
E aqui chegamos à quinta cachoeira, que pertence ao Dragão Verdadeiro. O texto Fukanzazengi, do Mestre Dōgen, que é fundador da escola Sōtō Zen do Budismo, conta a história de um senhor que era simplesmente fascinado por dragões, ao ponto de colecionar desenhos, roupas e potes com forma da criatura.
Um dragão ficou sabendo disso e, muito feliz, resolveu visitar o senhor. Ao abrir a porta e ver quem estava ali, o homem desmaiou. Assim é quando encontramos um mestre verdadeiro. Há muitas pessoas que falam sobre o Zen, mas não passam de imitações de dragão. Quando aparece o verdadeiro dragão, se assustam.
A sexta cachoeira da trilha é a maior de todas e pertence ao Dragão Voador. A queda ali presente conta com nada menos que 55 metros de altura. É larga e alta, como se fosse um dragão abrindo suas asas e voando até os céus.
A sétima é a cachoeira Dragão do Céu. Quem passa por ali já realizou a natureza de Buda e, saindo do mosteiro, começa a trabalhar com toda a força.
A oitava e última cachoeira é chamada de Rei do Dragão. O grande rei representa os guardiões do mosteiro, que defendem o Dharma para que o local permaneça sempre funcionando bem.
Dicas para uma experiência ainda melhor
Para visitar a Cachoeira dos Dragões e ter uma boa experiência, é preciso considerar algumas dicas e informações. Confira abaixo:
Use sempre roupas confortáveis e calçados adequados (tênis, botas e sapatilhas fechadas)
O lugar não tem restaurante, a não ser biscoitos artesanais, água de coco e mineral. Portanto, é importante levar seu lanche. O consumo de bebidas alcoólicas não é permitido!
Use sempre protetor solar! Mesmo com muita sombra, o lugar ainda está sob o céu aberto.
Chegue cedo para aproveitar ao máximo.
O passeio pela Cachoeira dos Dragões vai muito além das quedas d’água. Reflita sobre as mensagens espalhadas pela trilha e aproveite para se reconectar com a natureza e a mística dos significado dos dragões das cachoeiras.
Todo o percurso é sinalizado. Fique atento!
Algumas cachoeiras contam com poços de mais de 3 metros de profundidade. Tenha sempre muito cuidado!
O Mosteiro fica na entrada para a trilha e conta com banheiros para troca de roupa.
Sempre preze pelo silêncio quando estiver nas cachoeiras. Há monges e praticantes de meditação pelo lugar.
Para mais informações acesse o site clicando aqui.
Telefone e WhatsApp: (62) 98321-0012
Endereço: Rodovia GO-338 | Várzea do Lobo, Pirenópolis, Goiás 72980-000, Brasil
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