Um nota conjunta dos sindicatos que representam os servidores da Saúde em Goiás pede mais segurança aos profissionais diante da pandemia do novo coronavírus. De acordo com o texto, são inúmeras as denúncias acerca da não disponibilização dos Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva, os EPI’s e EPC, nas unidades que pacientes com suspeita de doenças infectocontagiosas, especialmente aqueles com suspeita de covid-19.
Preocupados com a situação, os sindicatos pedem aos gestores municipais e estaduais que garantam imediatamente a segurança e condições adequados para o trabalho dos profissionais de saúde. Além disso, eles informaram que buscam apoio do Ministério Público Estadual (MPE), do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Conselhos de Classe.
Sindicatos pedem protocolos únicos a servidores da saúde diante da pandemia do coronavírus
Assinaram a nota conjunta o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde/GO), Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), Sindicato dos Farmacêuticos (Sinfar-GO), Sindicato dos Odontologista no Estado de Goiás (Soego), Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde (Sindacse) e Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Goiás (Sieg).
Leia a nota conjunta na íntegra:
O Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde do Estado de Goiás – SINDSAÚDE, Sindicato dos Enfermeiros no Estado de Goiás – SIEG e o Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás – SIMEGO têm recebido inúmeras denúncias de profissionais de saúde acerca da não disponibilização dos Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva – EPI’s e EPC nas unidades de saúde para o atendimento de pacientes com suspeita de doenças infectocontagiosas, especialmente aqueles com suspeita de COVID19 – o Coronavírus.
Há relatos de desrespeito às normas estabelecidas pelo Governo do Estado no Decreto nº 9.634, de 13 de março de 2020 que, no art. 5º, § 1º, incisos de I a V, recomenda que seja realizado teletrabalho pelos servidores que se encaixem nos grupos de maior risco com doenças crônicas. Além disso, há denúncias de que profissionais com mais de sessenta anos e/ou grávidas, estão sendo colocados na linha de frente do atendimento a pacientes com suspeita de infecção pelo COVID 19 e outras doenças infectocontagiosas.
Em virtude desses relatos, solicitamos aos gestores dos municípios e Estado que zelem pela saúde dos trabalhadores cumprindo as normas regulamentações, ofertando os EPI’s adequados e em quantidade necessária para o atendimento, a fim de que o colapso que pode ser ocasionado por esta pandemia não seja ainda mais agravado.
Ressaltamos também que estamos orientando os profissionais de saúde a realizar o atendimento somente se estiverem devidamente paramentados com os EPI’s necessários, a fim de que não ponham em risco a própria saúde, de seus familiares e da própria comunidade, pois devem ser agentes de cuidado e cura, não o contrário, principalmente se isso for motivado por ausência de condições dignas e seguras de trabalho.
Informamos também que estamos enviando esta nota conjunta aos Conselhos de Classe, Ministério Público do Trabalho (MPT) e Ministério Público Estadual (MPE) solicitando que somem esforços para garantir o exercício da profissão em condições sanitárias adequadas e com proteção das vidas envolvidas no cuidado, além do respaldo legal para a recusa de atendimento, quando necessário.
O Dia Online tenta contato com autoridades de Saúde. O espaço está aberto para posicionamento.
Servidores da saúde fazem apelo à população diante da pandemia do coronavírus
Uma campanha iniciada por servidores da saúde que atuam em hospitais e unidades de emergência em Goiás pede aos moradores que fiquem em casa e respeitem a quarentena. Várias fotos das equipes já foram compartilhadas nas rede sociais com a mensagem: “Estamos aqui por você. Fique em casa por nós”.