Um major da Polícia Militar de Goiás (PMGO) foi flagrado com um carro furtado e placa clonada, na BR-414, em Corumbá, região central do estado. Se trata de Augusto Sampaio de Oliveira Neto, acusado de agredir o estudante universitário Mateus Ferreira da Silva com um cassetete na cabeça, durante um protesto em Goiânia. O caso da agressão ocorreu em 2017, quando Sampaio ainda era capitão.
De acordo com informações da ocorrência, registrada no último dia 14, o major conduzia um Jeep Renegade que tinha registro de roubo e placa clonada. Ele foi abordado por outros policiais militares, que agiram juntamente com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Após a abordagem, Augusto Sampaio foi encaminhado para a Central de Flagrantes. Durante o depoimento, o major alegou que não conhecia a procedência ilícita do carro, declarando ainda “estar com o carro de boa-fé, que ele foi envolvido em uma negociação de uma caminhonete Dodge/Ram e estava apenas como garantia de pagamento do restante da dívida”.
PMGO diz que instaurou inquérito policial; major acusado de agredir estudante foi liberado
Após ser ouvido pela polícia, o major foi liberado. A defesa disse que ele foi vítima da situação, reafirmando que ele não tinha conhecimento do histórico de furto do veículo.
O carro foi apreendido e será periciado. De acordo com o delegado de Corumbá, Rodrigo Luiz Jayme, que atendeu a ocorrência, o laudo da perícia e mais depoimentos podem ajudar na conclusão do inquérito policial, que deverá ser encaminhado ao Poder Judiciário.
Em nota, a PM de Goiás informou que “instaurou inquérito policial e liberou o condutor, sendo realizado compromisso de apresentar a pessoa da qual teria comprado o veículo em questão.”
Leia a nota na íntegra:
A Assessoria de Comunicação Social da Polícia Militar do Estado de Goiás esclarece que o policial militar abordado, em uma rodovia do Estado, foi conduzido por Policiais Militares a Delegacia de Polícia por estar conduzindo um veículo adulterado, produto de furto. O policial em tela alegou ter comprado de terceiros e não ter conhecimento da procedência ilícita do veículo.
Diante dos fatos, a Polícia Judiciária colheu o termo do conduzido, instaurou inquérito policial e liberou o condutor, sendo realizado compromisso de apresentar a pessoa da qual teria comprado o veículo em questão.
A Polícia Militar não compactua com desvios de conduta e reitera seu compromisso com os princípios legais.