A Operação Mambaí, deflagrada nesta quinta-feira (12/3), investiga a existência de uma organização criminosa, constituída por servidores da antiga Agência Goiana de Transporte e Obras (Agetop), associados com membros de empresas privadas. A ação cumpre cinco mandados de busca e apreensão, em cinco cidades de Goiás. Cerca de 100 policiais civis atuam nas diligências.
A operação é coordenada pela Superintendência de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO) e pelo Grupo Especial de Combate a Corrupção da Polícia Civil. Mais detalhes da investigação serão repassados pela corporação ao longo do dia.
Defesa de ex-diretor da Agetop diz que Operação Mambaí não tem “qualquer lastro com a realidade”
A Polícia Civil ainda não divulgou à imprensa o nome dos investigados. Mas, em nota, os advogados do ex-diretor da Agetop, José Marcos de Freitas Musse, disseram que a Operação Mambaí “é mais uma medida promovida contra agentes do Governo passado sem qualquer lastro com a realidade.”
Leia o posicionamento na íntegra:
A Operação Mambaí, por meio da qual foram deflagradas medidas de busca e apreensão em diversas cidades hoje, inclusive na residência do ex-Diretor de Obras da AGETOP, é mais uma medida promovida contra agentes do Governo passado sem qualquer lastro com a realidade. O ex-Diretor de Obras da AGETOP, José Marcos de Freitas Musse, sempre agiu com a maior transparência e retidão perante a função que exercia, buscando a todo o tempo a prestação e efetividade do serviço público com qualidade, a fim de atender aos anseios da sociedade Goiana.
Apesar da ausência de contemporaneidade com os fatos ocorridos há mais de 06 (seis) anos, não possuindo, assim, os requisitos da medida cautelar de busca e apreensão (urgência), especialmente por ter deixado a AGETOP há 05 (cinco) anos, Marcos Musse foi alvo de busca e apreensão sem ter efetivado nenhum pagamento à empresa, inclusive determinando a suspensão da obra.
Causa estranheza a realização de uma medida de tamanha gravidade em desfavor de um cidadão que sempre esteve à disposição da Justiça, inclusive prestando depoimento ontem no Ministério Público do Estado de Goiás, onde deixou explicado com riqueza de detalhes o caso do Aeroporto de Mambaí e demonstrando a ausência de qualquer irregularidade em sua gestão.
Luís Alexandre Rassi e Romero Ferraz Filho
Advogados do ex-Diretor de Obras da AGETOP