Uma operação do Ministério Público de Goiás (MP-GO), deflagrada nesta terça-feira (10/3), prendeu três vereadores de Cristalina, no Entorno do Distrito Federal, suspeitos de praticarem o crime conhecido como ‘rachadinha’. Informações preliminares apontam que entre os presos estão Pablo Margela (MDB), Silvano da Silva Leite, o “Silvano da Rádio” (PSDB) e Marco Aurélio Ribeiro, o ”Marquinho Abrão” (PRP).
Além das três prisões dos vereadores em exercício, a Operação Toma Lá Dá Cá cumpriu nove mandados de busca e apreensão, na Câmara dos Vereadores e na casa dos investigados. Os primeiros levantamentos apontam que outros dois vereadores teriam sido alvos de mandados de busca e apreensão, sendo eles Bernardo Vaccaro Fachinello (PP) e Marcelo Alves Borges, o “Marcelo Enfermeiro” (PR).
A ação foi realizada por intermédio das promotorias de Justiça de Cristalina, com apoio da Polícia Militar e do Centro de Inteligência do MP-GO.
Operação que investiga esquema de ‘rachadinha’ faz buscas em casas de vereadores de Cristalina
De acordo com os coordenadores da operação, promotores de Justiça Ramiro Carpenedo Martins Netto e Fernando Martins Cesconetto, a investigação apurou a existência de prática conhecida por rachadinha, por parte de servidores públicos em benefício dos parlamentares. O crime de rachadinha consiste no repasse, por parte de um servidor público ou prestador de serviços da administração municipal, de parte de deu salário a políticos e assessores.
Durante o cumprimento dos mandados de busca nas residências e na Câmara dos Vereadores, foram apreendidos extratos bancários, contratos suspeitos, agendas, cópias de cheques, cartões bancários, aparelhos celulares, computadores, pendrives e um aparelho de rádio amador que estava sintonizado na frequência da Polícia Militar.
Fizeram parte da operação 12 promotores de Justiça, sete oficiais de Promotoria e mais de 50 Policiais Militares da Rondas Táticas Móveis (Rotam), Batalhão de Choque, Grupo de Patrulhamento Tático (GPT) e 32ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) de Cristalina. A investigação prosseguirá com a oitiva de 36 servidores que foram notificados durante a operação.
O Dia Online tenta contato com os investigados. O portal reitera que está aberto o espaço para posicionamento.