Anápolis, a 59 quilômetros de Goiânia, registrou o primeiro caso suspeito de coronavírus, nesta sexta-feira (6/3). De acordo com as primeiras informações, o paciente está em observação no isolamento de um hospital particular da cidade, até a confirmação do exame. Se trata de um homem, que passou uma semana nos Estados Unidos, e retornou ao Brasil no dia 25 de fevereiro.
O paciente deu entrada no Ânima Centro Hospitalar, com sintomas respiratórios leves e febre. Após a internação, ainda na noite desta sexta-feira (6/3) , a unidade de saúde acionou a Secretaria Municipal de Saúde de Anápolis (Semusa). Em nota, a pasta informou que a Vigilância Epidemiológica já monitora o caso desde a madrugada deste sábado (7/3).
Leia na íntegra:
A Secretaria Municipal de Saúde informa que a Vigilância Epidemiológica de Anápolis foi notificada pelo Ânima Centro Hospitalar da internação, na noite desta sexta-feira (6), de um paciente que veio dos Estados Unidos apresentando sintomas respiratórios leves e febre. O paciente está em isolamento na unidade privada enquanto aguarda resultado de exames.
Casos confirmados mudam critérios de classificação para caso suspeito de coronavírus no país
Conforme o último boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), nesta sexta-feira (6/3), não há nenhum caso confirmado do novo coronavírus em Goiás. Ainda segundo o texto até ontem, haviam quatro casos suspeitos do novo coronavírus em investigação no estado. “Todos já tiveram material coletado para exames e nenhum está hospitalizado. Outros 12 casos já foram descartados.”
Em coletiva, o Ministério da Saúde confirmou 13 casos da doença no país. Diante desse número, a pasta decidiu mudar os critérios de classificação de caso suspeito. Agora, todas as pessoas que chegarem ao Brasil de países da América do Norte, Europa e Ásia, e tiverem sintomas como febre, coriza, tosse, falta de ar poderão ser considerados casos suspeitos de COVID-19. Anteriormente, os casos suspeitos eram classificados apenas a partir do histórico de viagem para alguns países com transmissão local da doença.
“Não faz mais sentido classificar pelo nexo de país, mas de viagem ao exterior. Nossos principais voos internacionais vêm da Europa e América do Norte, e considerando que são grandes combinações de destinos ampliam-se as possibilidades de entrada do vírus. Dessa forma já não faz mais sentido olhar apenas por países que estão na lista de transmissão local ou comunitária”, esclareceu o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
A vigilância epidemiológica brasileira continua considerando nexo causal viajantes que chegam ao país vindos da Austrália, de países da América Central e do Sul, que estejam na classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) como de transmissão local.