A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) efetuou, nesta quinta-feira (5/3), a prisão de um falso dentista que atuava por 12 anos de forma ilegal em várias cidades de Goiás.
O homem, que não teve a identidade divulgada, exercia de forma ilegal a profissão de odontologia, em Israelândia, a cerca de 190 quilômetros da capital. Na cidade, o atendimento era feito em horário comercial.
De acordo com as investigações, o falso dentista já atuou em Iporá e Jaupaci, mas suspeitas foram levantadas pois ele atuava somente aos finais de semana em Campestre.
Como agia o falso dentista preso após atuar por 12 anos de forma ilegal, em Goiás
Conforme informações da Polícia Civil, o homem usava o registro de uma pessoa habilitada, mas não tinha nenhuma formação na área. O dono do registro usado não tinha conhecimento da situação e também foi uma vítima do investigado. As apurações apontaram que ele já estava atuando há cerca de 12 anos na área.
Segundo o Delegado responsável pelo caso, Gylson Mariano, titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor do Estado de Goiás (Decon), o falso dentista cobrava 50% do valor para cada serviço, em relação ao valor de mercado.
Um áudio divulgado pela Polícia Civil, revela uma troca de mensagens com um suposto cliente, onde o homem oferece os serviços. “O meu canal eu cobro em média R$ 400 a R$ 500 reais, para deixar ele pronto. Você vai fazer um outro canal e, conforme for, você vai pagar R$ 900 para deixar o dente pronto”, falou na negociação.
O falso dentista alugava uma casa para atender os clientes e o local foi encontrado em péssimas condições de higiene. Todo o material odontológico encontrado foi apreendido.
Diante dos fatos, o homem foi autuado e reponderá em liberdade, pois a pena para o crime é de até dois anos de prisão. O investigado deve comparecer em audiência que será marcada em breve.