Em uma coletiva realizada na tarde da última terça-feira (4/1), o governador Ronaldo Caiado (DEM) se pronunciou sobre a confirmação por parte do governo federal da Base Aérea de Anápolis, em Goiás, para receber os brasileiros que virão da China, fugindo do surto de coronavírus na região. O governador pediu “responsabilidade” para não criar, segundo ele, “uma situação que não existe”, e garantiu que “não há risco para os goianos, já que a transmissão do vírus não se dá pelo ar”.
A previsão é de que os repatriados, que ficarão em quarentena, cheguem a Goiás no próximo sábado (08/2). De acordo com Caiado, eles não terão contato algum com a população de Anápolis e ficarão isolados na base militar durante todo o período de quarentena (18 dias).
Conforme o governo de Goiás, ontem, terça-feira, uma equipe do Governo Federal esteve em Anápolis para inspecionar a Base Aérea. Segundo Caiado, que é médico, todas as exigências internacionais estão sendo cumpridas. O político esclareceu que a transmissão da doença só é possível por meio de contato com gotículas expiradas por quem está com o vírus. “A pessoa só pode ser contaminada se alguém falar na sua frente, por exemplo”, explicou. Além disso, atestou, a capacidade de progredir dessa doença é zero no sistema de quarentena.
Segundo o governador, após a decisão da União, cabe ao Governo de Goiás tranquilizar a população. “Estamos agindo com responsabilidade. Sabemos muito bem que essas pessoas irão chegar e ir direto à Base Aérea de Anápolis. Elas serão totalmente isoladas”, reafirmou Caiado. Todo trabalho será acompanhado pelos Ministérios da Saúde e da Defesa.
“Peço a todos que tenham responsabilidade neste momento”, diz Caiado sobre brasileiros que virão da China para Anápolis
Ainda de acordo com Caiado, só serão colocados em quarentena na Base Aérea os cidadãos que não apresentarem qualquer sintoma do coronavírus. Caso alguém, ao ser repatriado, apresente sintomas será levado diretamente para o Hospital das Forças Armadas, em Brasília. “Peço a todos que tenham responsabilidade neste momento para não tentar criar uma situação que inexiste. Nós temos responsabilidade”, conclamou o governador
“E se fosse um filho seu lá na China? Eu me sentiria imensamente frustrado se meu Estado se negasse a receber essas pessoas com todo o esquema de segurança”, comparou o governador.