A Polícia Civil de Goiás (PCGO), através da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (Dot), participou na última terça-feira (28/1) da segunda fase de uma operação contra empresários acusados de fraudar impostos através da omissão de informações, declarações de dados e documentos falsos. A operação, batizada de Crassus, foi deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
De acordo com a PCGO, dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços vinculados a um contador, em uma casa e um escritório em Goiânia, e aproximadamente 85 mil dólares foram apossados. O contador tinha como função o assessoramento técnico das atividades ilícitas exercidas pelo grupo criminoso, que atua no mercado de peças automotivas e que seria responsável por um prejuízo de aproximadamente R$ 50 milhões aos cofres públicos.
Ainda conforme a corporação, funcionários e diretores da empresa são acusados de enganar a fiscalização tributária por meio de omissão de informações, declarações de dados e documentos falsos, onde a parte patrimonial da empresa também era colocada no nome de laranjas. Os indícios são de organização criminosa e lavagem de dinheiro.
O esquema criminoso apurado pela operação contra empresários
Segundo a Polícia Civil do DF, as investigações apontam que os criminosos em questão abriam empresas para vender as peças de veículos mas não recolhiam impostos e nem pagavam as taxas obrigatórias do poder público. Quando essas empresas passavam a ter dívidas que impossibilitavam a continuação do negócio, os suspeitos abriam novas empresas em nomes de laranjas e mantinham as vendas.
A um veículo local, o delegado Ricardo Gurgel, da PCDF, informou que “as empresas estavam no nome de laranjas que não tinham um patrimônio compatível com o valor das dívidas, então não havia nada para ser penhorado pela Justiça. Enquanto isso, os empresários investiam o valor sonegado em patrimônio próprio e em novas empresas.”
Gurgel afirma que a operação, que ganhou o nome de Crassus, teve início em 2013 e foi retomada no ano passado. À ocasião, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão, em Brasília e em Goiânia. Segundo o delegado, além do dinheiro encontrado nesses locais, a polícia achou documentos que devem ajudar nas investigações.