A juíza plantonista Simone Monteiro determinou, no último domingo (26/1), o bloqueio de 20% da renda obtida com a bilheteria da apresentação da dupla sertaneja Cleber e Cauan, ocorrida em Goiânia no mesmo dia da decisão, no Estádio Serra Dourada. A magistrada atendeu ao pedido de três empresários que alegam que há alguns anos contrataram os cantores e investiram em sua carreira, e, desde então, não tiveram nenhum retorno deles.
A medida proferida pela juíza atendeu a um pedido feito pelos empresários Almiranda Davi de Castro, Gilvan Máximo e Vaniere Nogueira Filho contra a C&C Produções e Shows e os integrantes da dupla. A alegação é que os autores formalizaram contrato com os cantores em 2015, com investimentos na carreira superior a R$ 1 milhão e que, segundo eles, desde então, não viram um real de retorno da dupla.
A magistrada decretou o bloqueio sobre as operações de cartão de crédito e débito, quantia em espécie e sobre a venda de ingresso online do show que ocorreu no último domingo, no Estádio Serra Dourada. Ao examinar os autos, a juíza plantonista ponderou que a medida atende pedido de medida cautelar. “Logo, entendo que a medida cautelar incidental deve ser deferida para determinar o arresto de bens conforme requerido, a fim de garantir o resultado útil da execução”, salientou.
Empresários alegam falta de prestação de contas por parte da dupla Cleber e Cauan
Uma ação movida pelos três empresários de Brasília contra a dupla Cleber e Cauan tramita na Justiça já há algum tempo, e em junho do ano passado uma audiência chegou a ser marcada. Os três alegam falta de prestação de contas e não pagamento do percentual de 20%, acerca dos lucros obtidos pelos sertanejos, conforme previsto no acordo anteriormente firmado.
De acordo com Almiranda Davi em entrevista a um veículo brasiliense ano passado, em agosto de 2015, Cauan e o irmão, o médico Fernando Rodrigues Máximo, a procuraram para pedir que ela e o marido financiassem a carreira dos sertanejos. Ela disse que, apesar de resistente à ideia, aceitou o acordo para ajudar a família. Segundo a empresária, ela investiu altas quantias na carreira da dupla e utilizou de influência pessoal para levá-los a programas de televisão.
Entretanto, por meio de nota, o escritório Castro & Alarcão informou que, desde 2015, a dupla sertaneja deixou “de prestar contas, na forma exigida por lei, além de não estarem retribuindo o percentual previsto no contrato acerca dos lucros obtidos pela dupla (20%)”. Almiranda relatou, à época, que foram “inúmeras as tentativas de negociações amigáveis, mas todas às vezes foi recebida com desdém e grosseria”.
A reportagem do Dia Online tenta contato com a assessoria da dupla. O espaço permanece aberto.